Imóvel usado

Novas regras da Caixa devem impactar financiamentos imobiliários em Santa Maria

Juliana Gelatti

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Quem está lidando com papéis para financiar um imóvel de até R$ 650 mil e contava com a Caixa para fechar o negócio tem até quinta-feira para tentar assinar o contrato e usufruir das regras antigas, que permitiam uma entrada de 20% do valor do imóvel. A partir de segunda, será necessário arcar com uma parcela maior ou procurar outro banco.

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Entre corretores, ainda há dúvidas sobre o assunto, o que dificulta projeções sobre o impacto no mercado de Santa Maria. O consenso é que tanto clientes quanto imobiliárias terão de se adaptar à nova situação e comparar as condições de financiamento de instituições financeiras privadas.

Para o presidente da Sindicato da Habitação (Secovi) de Santa Maria, Antonio Odil Gomes de Castro, a mudança não deve paralisar o mercado imobiliário local. Segundo ele, nas faixas mais altas, a procura por financiamentos de mais da metade do valor do imóvel já era pequena:

— Desde o aumento da taxa de juros, já não era vantagem financiar uma cota tão alta. Para aprovar um financiamento mais alto, a pessoa precisa ter uma renda elevada e, nesses casos, o público costuma ter reservas ou um imóvel para colocar no negócio.

Castro pondera que, até então, a Caixa era a preferida dos mutuários porque tem correspondentes bancários dentro de boa parte das imobiliárias, o que acelera o processo. No entanto, para valores maiores, outros bancos têm taxas competitivas. Restará ao comprador e ao corretor comparar as condições e os juros, levando em conta que o contrato pode demorar um pouco mais.

Já para Everton Barth, da Nara Imóveis, o cenário é pessimista:

— Temos todo um sistema de organização das vendas e a oferta de imóveis, é, hoje, quase 100% via financiamento. O que vem pela frente é a desvalorização dos imóveis.

Já para o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, a mudança deve estimular a busca por imóveis novos:

— Os imóveis novos têm demanda menor, ainda mais com a inflação alta. Mas quem estava pensando em comprar um usado de três quartos, por exemplo, e não como dar metade da entrada, pode optar por um apartamento novo de dois quartos.



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