Ditadura militar

Major Curió confessa ter matado sepeense Cilon Brum na Guerrilha do Araguaia

Deni Zolin

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Surge uma esperança mais concreta de encontrar os restos mortais do militante do PCdoB Cilon Cunha Brum, nascido em São Sepé e desaparecido na Guerrilha do Araguaia, há 41 anos.

No mês passado, o major do Exército Sebastião de Moura, 77 anos, o Curió, agora na reserva, prestou depoimento à Justiça Federal,  em Brasília, e confessou ter matado Brum, cujo codinome era Simão, e Antonio Castro, o Raul, em janeiro de 1974.

Alegando que os guerrilheiros haviam tentado fugir, Curió disse que atirou, mas essa versão da fuga é contestada por testemunhas, que falam em execução. Segundo o site Fato Online, em seguida, Curió mandou capatazes enterrarem os corpos num sítio e, depois, eles foram levados de helicóptero para a Fazenda Matrinxã, a 50km do local. Outra testemunha disse que os corpos eram queimados para não deixar pistas.

Curió disse à juiza federal Solange Salgado onde estão os corpos e que havia entregue a um jornalista anotações em detalhes de 40 mortes no Araguaia.

Segundo o blog Coluna Esplanada, a juíza determinou ao Grupo de Trabalho do Araguaia, agora sob responsabilidade do MPF, uma operação de busca para tentar achar os restos mortais. Mas não há data para isso ocorrer. A Guerrilha do Araguaia foi a tentativa do PCdoB de fazer uma revolução socialista. O foco de resistência foi dizimado pelo Exército, a mando dos presidentes militares.

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