Justiça

Justiça nega pedido de liberdade de João Carlos Maciel

Pâmela Rubin Matge

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O juiz federal Gustavo Chies negou o pedido de liberdade do vereador João Carlos Maciel (PMDB), preso na manhã de quinta-feira durante a segunda fase da Operação Medicaro da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal. Além de negar o pedido da defesa de Maciel, o juiz transformou a prisão em flagrante em prisão temporária, atendendo ao pedido da PF.

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Maciel foi enquadrado nos artigos 33 e 273 da Lei 11.343/06 por manter em depósito e fornecer medicamentos de origem ignorada e pelos artigos 33 e 35 da Lei 11.343/2006, por tráfico ilícito de medicamento controlado. Os crimes são inafiançáveis.

Durante participação na Rádio Medianeira AM, o advogado de defesa Mario Cipriani assegurou que a defesa do vereador não ficará inerte. Ele afirmou que estão sendo recolhidos documentos que provam a origem lícita dos materiais encontrados no escritório do vereador, na Rua André Marques.

A defesa também informou que ainda não entrou com habeas corpus porque o flagrante só foi lavrado no final da tarde de quinta-feira, mas pedirá a reconsideração do juiz para que seja concedida a liberdade.

— Maciel está tranquilo e considera uma injustiça imensa sua prisão. Ele fazia o que o Estado não faz e que os hospitais não fazem. Muita gente foi beneficiada pelo seu programa social e mais de 95% dos remédios são amostras grátis — defende Cipriani.

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O advogado também salientou que é preciso esclarecer que o vereador não é alvo direto da Operação Medicaro e que, mais do que nunca, precisa do apoio de todos. O advogado afirmou que não há nenhum envolvimento como radialista e, nem como vereador, além de não haver nada que desabone o seu programa social.

— São inquéritos que correm em separado. Maciel jamais agiu de má-fé, teve interesse financeiro ou eleitoreiro. Ele já ajudou milhares de pessoas e, hoje, é o momento de ser ajudado. A corrente de solidariedade formada há muito tempo não será quebrada. O Maciel não deveria ter sido preso e não é alvo de nenhuma investigação. Eu gostaria de convocar essas pessoas que doaram ou receberam medicamentos e ficaram satisfeitas, para que se dirijam à sede da PF e confirmem que foram doados voluntariamente — orienta ele.

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Segundo a diretora-geral da Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), Tania Marques, a rotina do vereador segue igual aos demais presos.

— Ontem (quinta-feira) ele jantou às 17h e, hoje, tomou café às 7h. Não sei dizer qual foi o cardápio, mas foi igual ao de todo mundo. O advogado dele ainda não veio até a penitenciária agora pela manhã.

Ainda de acordo com a diretora, Maciel está em uma cela individual, onde há uma cama, um chuveiro e um vaso sanitário.

As visitas ao vereador serão permitidas no horários tradicionais da penitenciária: nas quintas, das 9h30min às 11h e, no domingo, co"

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