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Hortas sofrem com tempo instável na Região Central

Juliana gelatti

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Nas últimas semanas, foram poucos os dias de sol. Para os agricultores, o clima interfere na produção das lavouras, principalmente de hortaliças. Para o consumidor, o impacto monetário é quase imediato, pois a baixa oferta de alface, rúcula, repolho, couve-flor e outros produtos cultivados em hortas da região faz com que o preço se eleve rapidamente.

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Conforme a Emater, se a previsão do tempo continuar apontando dias de tempo fechado e sem sol, as condições de produção devem piorar e, saindo menos produtos das granjas, o preço tende a subir.

Nas feiras de rua, nos pequenos e grandes supermercados da cidade, a oferta de hortaliças é quase que 100% local. Produtores da Quarta Colônia e do distrito de Arroio Grande, em Santa Maria, são os responsáveis por abastecer boa parte da alface, repolho, couves e outras hortaliças. Waltuir Antonio Weber, produtor da localidade de Três Barras, ainda não teve grandes perdas e tem boas verduras para oferecer ao mercado de Snata Maria, mas reclama do tempo que não o deixa semear.

_ A produção pode atrasar. Com a terra úmida desse jeito, não consigo plantar, tem que secar um pouco _ afirma Weber.

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A instabilidade afeta os produtores de hortaliças mesmo que não haja grandes estragos, porque muitos dias seguidos sem sol prejudicam o desenvolvimento das plantas, fazendo com que a produtividade caia. Investimentos em estufas, por exemplo, são bem-vindos, pois diminuem o impacto das baixas temperaturas e dos ventos.

Focado em evitar essa instabilidade na produção, o empresário Paulino Stangherlin, proprietário da Estância da Figueira, baseou toda a produção de verduras e temperos em estufas hidropônicas. Como não estão em contato direto com o solo nem expostas ao tempo, mesmo no inverno o desenvolvimento das plantas é constante e a produção não diminui se ocorrem intempéries.

Mesmo para quem planta diretamente no solo, a construção de estufas é uma alternativa que garante segurança nas hortas, de acordo com extensionistas da Emater.

Produtos da Ceasa mais caros

Mesmo aqueles estabelecimentos e fruteiras que buscam os produtos na Ceasa de Porto Alegre pagaram mais caro. A dúzia de pés de alface, por exemplo, passou de R$ 7 para R$ 10, desde o começo de julho, conforme o informativo da Emater.

Considerando todo o Estado, o plantio de verduras e outros vegetais, se mantém durante o inverno, mas em áreas menores, devido ao receio de perder o investimento. O que, por si só, já faz o preço aumentar.

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