Entre 30 maiores cidades gaúchas, PIB per capita de Santa Maria é o 23º

O dado divulgado pela coluna de que Santa Maria tem apenas o 316º PIB per capita entre as 497 cidades gaúchas deixou leitores preocupados com a situação econômica da cidade. É que levando em conta a soma das riquezas produzidas no ano de 2015 e dividindo pela população da cidade, o resultado é um valor de somente R$ 23.026 por ano, por santa-mariense. Como o PIB per capita acaba também tendo como reflexo algumas distorções, como cidades pequenas que têm uma grande fábrica ou usina hidrelétrica que gera grande receita, a coluna resolveu fazer outra comparação e ver como está a situação de Santa Maria entre as 30 maiores cidades gaúchas em termos de população - até porque, quanto maior a cidade, mais difícil é conseguir uma média alta do PIB per capita. A partir de um trabalho manual e demorado de consulta aos dados, chegamos a esse quadro ao lado. E ele também revela que, mesmo entre os 30 maiores municípios, Santa Maria fica em 23º lugar.

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Entre as maiores cidades, Santa Cruz do Sul é a que tem o maior PIB por habitante, ficando com R$ 61.585 por ano. O que se percebe é que, em geral, cidades industrializadas conseguem um valor maior. Isso não significa que Santa Cruz tenha uma condição econômica e social excelente, porque a riqueza pode estar na mão de poucos, já que o índice não leva em conta a distribuição de renda real na sociedade. Porém, o PIB per capita ajuda a medir o desenvolvimento econômico que, indiretamente, gera empregos e impostos que são revertidos em melhorias em serviços públicos. Exemplo disso é Alvorada, que é a 11ª mais populosa do Estado, mas tem o menor PIB per capita do Rio Grande do Sul (isso mesmo, está na 497ª colocação), com só R$ 11.353 por ano por habitante. A pobreza faz com que Alvorada seja uma das cidades mais violentas do Estado, além de todos os problemas sociais de lá.

Esses dados do PIB per capita devem ser relativizados, pois a realidade de uma cidade não pode ser medida só por esse índice. Porém, ele precisa ser levado em conta para termos um choque de realidade e nos darmos conta do quanto precisamos evoluir economicamente, pois isso se reflete depois em qualidade de vida e dos serviços públicos. Imagine se nosso PIB fosse o dobro do atual: haveria maior riqueza e mais dinheiro para a prefeitura investir em saúde, educação e até em mais asfalto.