Após o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicado em julho deste ano, constatar que estamos próximos a uma "virada" na economia brasileira, com revisão positiva para o crescimento econômico, o Banco Central do Brasil (BC) também apresentou sua versão da história...e elas coincidem!

Segundo o ponto de vista do FMI "a profunda recessão do Brasil parece perto do fim". O órgão revisou o crescimento brasileiro de +0,2% para +0,3% em 2017. Os números ainda são pequenos, porém o importante desta expectativa é que ela realmente aponta uma virada na economia. Após anos amargando indicadores negativos, qualquer saldo positivo de crescimento é muito bem-vindo pelos brasileiros, que em grande número estão com a corda no pescoço.
Na segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou um crescimento econômico de +1,1% no trimestre encerrado em julho, quando comparado ao mesmo período de 2016. Segundo o coordenador do relatório, Cláudio Considera, "estas taxas apontam claramente para o fim da recessão". Os dados trimestrais divulgados pela FGV registram crescimento por setor:
_ Agropecuária (+11,7%)
_ Indústria extrativa (+4,5%)
_ Indústria de transformação (+1,6%)
_ Comércio (+3,0%)
_ Transportes (+2,4%)
_ Outros serviços (+2,4%)
Tudo isso aliado a previsões de redução da inflação e recordes na Bolsa de Valores.
Juntamente a esses dados, a arrecadação total das receitas federais cresceu 10,78% em agosto quando comparada ao mesmo mês de 2016, registrando um montante R$ 104,206 bilhões no mês e R$ 862,739 bilhões acumulados no ano.
O BC, por sua vez, revisou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de +0,5% para +0,7%, impulsionado principalmente pelo crescimento do setor agropecuário, que tem projeção de expansão de +12,1% em 2017. Para 2018, a autoridade monetária também prospecta crescimento de +2,2% no PIB, com uma informação relevante para o consumo das famílias - previsão de aumento de +2,5%. O crédito, por sua vez, deve apresentar expansão devido aos cortes consecutivos realizados na taxa básica de juros, que segundo expectativas de economistas deve encerrar 2017 em 7,25% e, manter para 2018, a mediana em torno de 7,5%.
Embora, para muitos, os números representem apenas projeções macro, o mais importante é que a economia parece estar falando a mesma língua novamente, o que gera um cenário otimista e favorável ao crescimento. Assim, com todas estas previsões positivas, tanto internas quanto externas, é de se esperar que realmente o fundo do poço tenha ficado pra trás, ao menos no lado econômico.
