Cortes na União

Deputado santa-mariense é a favor da volta da CPMF e terá reunião com Levy sobre pacote de ajuste fiscal

Deni Zolin

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Líder do governo na Comissão de Orçamento do Congresso, o santa-mariense Paulo Pimenta (PT) vai participar, nesta quinta-feira, da reunião da comissão com os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa para tratar dos detalhes do novo pacote do ajuste fiscal. Como defende o governo, Pimenta vai votar a favor da CPMF, mas diz que apresentará sugestões, como aumento de impostos sobre os mais ricos e taxação de grandes fortunas para amenizar o impacto do ajuste sobre os mais pobres.

- Precisamos entender que vivemos um momento de travessia, que temos de enfrentar diante desse cenário difícil no país e no mundo. O Brasil precisa buscar o equilíbrio fiscal, preservando programas sociais, reduzindo benefícios que tinham sido concedidos no passado - disse.

Vários setores criticaram o governo por propor aumento de impostos, mas não ter reduzido gastos da máquina pública nem buscado a auditoria da dívida pública, pois só em 2014, o Brasil pagou R$ 978 bilhões de juros e amortizações da dívida pública, ou 45% do Orçamento federal. Ou seja, o governo não cortou na carne e transferiu a conta para a população. Sobre isso, Pimenta desconversou:

- Foi feita a opção, cortando bastante as verbas de custeio e preservando os investimentos e os programas sociais.

Pimenta defendeu a medida que tentará evitar com que servidores públicos ganhem acima do teto de R$ 33.763. Na prática, hoje há servidores recebendo mais de R$ 100 mil, pois acumulam benefícios, o que provoca sangria nos cofres.

- É importante regulamentar o teto do funcionalismo, pois há muita gente recebendo bem acima - afirmou.

O deputado também falou sobre dois temas que afetam muito Santa Maria. Ele acredita que a obra de duplicação das BRs não deve ser afetada pelos cortes de verbas da União. E quanto à proposta de congelar reajustes dos servidores até agosto de 2016, ele não acha certo culpar o funcionalismo pela situação do país. Os sindicatos ficaram revoltados com esse anúncio de Levy, pois as negociações em andamento para reajuste podem ir por água abaixo, pois nem se sabe haverá alguma reposição em agosto de 2016. A medida afetará a economia de Santa Maria, pois a cidade tem uma grande receita do funcionalismo federal.

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