Ânimos acirrados

CCs ofendem e tentam bater em vereadores em Rosário do Sul

Marcelo Martins

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O "Diário" teve acesso ao vídeo das imagens das câmeras internas do Legislativo de Rosário do Sul. Nelas, é possível ver o bate-boca entre os vereadores e CCs (cargos em comissão) da administração do prefeito Luis Henrique Antonello (PMDB). As imagens foram cedidas pela presidência da Casa à reportagem.



Os ânimos se exaltaram durante sessão plenária da Câmara de Vereadores de Rosário do Sul, no começo da noite da última segunda-feira. A presidente da Casa e vereadora Catarina Vasconcelos (PPS) conta que presidia a sessão quando um grupo de CCs (cargos em comissão) ligados à gestão do prefeito Luiz Henrique Antonello (PMDB), que não tem apoio de nenhum vereador, teria começado a ofender os parlamentares e por pouco não houve agressão física. O fato rendeu um boletim de ocorrência e virou caso de polícia. Os vereadores e dois CCs prestaram depoimento na delegacia.

Conforme a presidente da Casa, quatro CCs e um servidor concursado ingressaram no local e começaram uma série de agressões verbais aos parlamentares. Naquele instante, havia 11 dos 13 vereadores na Câmara. Alterados, esses servidores teriam ditos palavras ofensivas a três parlamentares: Adriano Dornelles (DEM), Alsom Pereira (PP) e Rogério Azevedo (PTB). Após o pronunciamento do trio, dois CCs partiram para cima dos vereadores Dornelles e Azevedo.

As imagens das câmeras de vigilância, que ficam dentro e fora do Legislativo, serão encaminhadas às autoridades policiais. O "Diário" tentou, durante a terça-feira, falar com o prefeito Luiz Henrique Antonello (PMDB), mas ele não atendeu às ligações da reportagem.

Mandato em risco

O prefeito e o Legislativo seguem em permanente embate. Nesta quarta-feira, encerra-se o prazo para que Antonello apresente suas alegações junto à Comissão Parlamentar Processante, que busca um novo processo de investigação na tentativa de cassar o mandato do político.

A oposição, que conta com todos os 13 vereadores, abriu a comissão para apurar duas supostas ilicitudes na administração municipal. São elas: a dispensa de licitação para a contratação de uma empresa de informática que prestava serviços à prefeitura e, ainda, uma possível irregularidade no contrato com uma terceirizada para recolher o lixo da cidade.

A presidente da Câmara projeta que, em até cinco dias, a comissão emita um parecer final que pode ser pela votação da cassação do mandato de Antonello ou pelo arquivamento do caso. O prefeito, no ano passado, sofreu impeachment e ficou afastado por quase duas semanas do mandato.

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