Fumicultura

Chuvas prejudicam as lavouras de fumo na região

É chegado o início da colheita de fumo na região. Santa Maria não tem uma tradição forte nessa cultura quando comparada com outros municípios da região, como Agudo. Tanto que a cidade tem uma produção cerca de 70 vezes maior do que o cultivado no Coração do Rio Grande. Neste ano, a colheita já iniciou em algumas regiões de Agudo, na chamada de parte baixa, que  concentra-se nas áreas de várzea. Conforme Clautério Raddatz, que presta orientação a produtores do município através da empresa China Brasil Tabacos, as chuvas e os temporais dos últimos dias já implicam em perdas nas lavouras.

– A colheita iniciou, e percebemos que as chuvas já prejudicaram as plantas. Algumas foram afetadas por granizo e outras estão murchas devido à quantidade de chuva. Algumas plantações devem ter até 25% de perda – segundo Raddatz.

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Na chamada parte alta do município, o desenvolvimento da planta de tabaco ainda está em fase inicial, já que foi plantado mais tarde, e não teve prejuízos por causa do clima.

Segundo o engenheiro agrônomo da Emater do município, Luiz Eugênio Jacobs, a área de lavouras nesta safra chega a 4,6 mil hectares, e a expectativa de produção deve ficar próxima da alcançado no ano passado, apesar das condições climáticas.

– Algumas lavouras tiveram perdas significativas, mas são casos pontuais, isolados. O que pode acontecer é, mais adiante, se continuar chovendo em excesso, de as plantas perderam qualidade, o que também pode acarretar em prejuízo – diz.

De acordo com o agrônomo, foram plantados 100 hectares a menos em 2016, quando a produção atingiu 10.120 toneladas.

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A área de plantio de fumo em Santa Maria vem diminuindo a cada safra. Fatores como alto custo da mão de obra e valores que sofrem interferência do clima têm sido os motivadores para que os pequenos produtores mirem o seu foco para o ramo de hortifrutigranjeiros. A constatação é do chefe do escritório municipal de Santa Maria, engenheiro agrônomo Guilherme Godoy dos Santos, que revela que a cultura reduziu significativamente nos últimos 10 anos no município.

– A redução das áreas de plantio vem ocorrendo nos últimos anos é devido à elevada mão de obra que a cultura exige, o valor pago aos diaristas tem se tornado um limitante na expansão da cultura, boa parte dos produtores tem reduzido a área com o objetivo de realizar todos os manejos apenas com a mão de obra familiar. Outro fato limitante observado é a elevada dependência dos agricultores em relação ao mercado, o preço oscila e a qualidade do fumo é bastante suscetível a ações climáticas – diz Santos.

Segundo ele, hoje o município temos cerca de 35 pequenos produtores com uma área de plantio de 50 hectares, tendo uma produção anual de aproximadamente 142 toneladas, a qual é destinada a empresas que realizam o beneficiamento e a exportação do produto.

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