Acordo deve manter os mercados fechados aos domingos em Santa Maria

Foto: Renan Mattos (Diário)

Junho é o mês de decisão de um dos temas mais polêmicos de Santa Maria: a abertura ou não dos supermercados aos domingos e feriados. Neste mês, termina o calendário em vigor de abertura dos estabelecimentos e as duas categorias voltam a discutir o tema.

No último domingo, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Santa Maria (SEC), que representa os funcionários, aprovou uma proposta de abertura em alguns domingos e feriados - o cronograma não foi informado à reportagem. Agora, a proposta será analisada pelo Sindigêneros - sindicato que reúne os donos dos mercados - na tarde desta quarta-feira, conforme informou o presidente Eduardo Stangherlin.

Embora nenhum dos representantes sindicais se posicione oficialmente por enquanto, o cronograma deve manter a situação atual em Santa Maria: os mercados abrirão em poucos domingos (como perto dos feriados de Natal e Ano Novo, por exemplo) e em alguns feriados. Nas últimas votações, essa foi a posição da maioria dos proprietários, que devem manter a opinião. Na discussão de 2016, que aprovou o cronograma ainda vigente, esse foi o posicionamento de 90% dos proprietários dos mercados. 

O tema é tão polêmico que gera milhares de comentários em posts de notícias publicadas pelo Diário. Em uma reportagem que mostrava uma pesquisa feita pela Faculdade Integrada de Santa Maria (Fisma) sobre o assunto e em uma enquete do Diário sobre o tema, mais de 3,5 mil leitores se posicionaram contra e a favor da proposta. 

Essa decisão é vista como uma chance de os pequenos empresários, não só dos mercados, mas também de segmentos como açougues, padarias e fruteiras continuarem crescendo, na visão de Rogério Reis, do SEC.

- Muitas empresas abriram na cidade depois que começamos essa discussão e muitos empregos foram gerados. Além disso, (esse posicionamento) fortalece a economia porque é a chance que os pequenos têm para crescer. Os novos mercados abriram, são empregos fixos, de carteira assinada. Todos têm a oportunidade de crescer e os pequenos de gerar emprego. É uma questão muito além de se vai ou não abrir no domingo e deve ser vista com bons olhos. O comércio do Centro não abre aos domingos e ninguém reclama - comentou o sindicalista. 

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11 ANOS DE DISCUSSÃO 

Desde que a discussão se iniciou, em 2007, e a abertura com mão de obra familiar ou de funcionários passou a ser decidida por convenções em que a grande maioria dos donos de mercados, assim como de funcionários, tem definido pela não abertura regular aos domingos. No começo, os mercados abriam um domingo por mês com mão de obra de funcionários. Depois, os domingos ficaram limitados aos previstos pelas convenções aprovadas pelas duas categorias. 

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