'95% das startups não dá certo, e isso é normal', diz Marcus Rossi

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">Marcus Rossi, cofundador do Gramado Summit, um dos maiores eventos que reúne startups no Brasil, é um entusiasta da inovação e, obviamente, da chamada nova economia, em que as startups vêm para quebrar paradigmas e focar no que interessa aos clientes. Porém, em sua palestra na 4ª Convenção do Varejo, da CDL Santa Maria, ele comentou que ninguém fala que 95% das startups não dá certo, apesar de considerar isso normal. Justamente porque não é fácil conseguir fazer dar certo ideias que sejam realmente disruptivas.

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- Não existe inovação sem erro. O desconforto é a nova rotina. Pergunto aos empresários se eles estão dispostos a perder dinheiro agora para lucrar alto a longo prazo - diz ele, citando exemplos como os óculos do Google e o Windows Vista, que não deram certo.

Ele cita como exemplos de ideias disruptivas a Netflix, que foi criada em 1997 não como um serviço de filmes e séries pela internet, como é hoje. No começo, era um site com serviço de entrega de DVDs pelo correio, para resolver o problema dos clientes, que não queriam ir na locadora. Pouco depois, a então líder de mercado de locadoras Blockbuster não aceitou uma oferta e se negou a comprar a Netflix por 50 milhões de dólares, pois alegava que as pessoas gostavam da experiência de ir a locadoras. Só em 2007 a Netflix passou a entregar seus filmes via streaming. Em 2018, a empresa era avaliada em mais de 152 bilhões de dólares, e a Blockbuster não existe há anos.

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- A Netflix aposta agora em séries exclusivas porque sabe que o streaming é como a locadora. Qualquer jovem até de Santa Maria pode inventar hoje um serviço de streaming tecnologicamente melhor que o da Netflix - comentou.

Rossi considera que os bancos digitais, como o Nubank, devem aposentar a maioria das agências bancárias, pois é uma tendência inevitável.