Na fase de grupos

Brasil empata sem gols com a Jamaica e está eliminado da Copa do Mundo Feminina

Brasil empata sem gols com a Jamaica e está eliminado da Copa do Mundo Feminina

Foto: FIFA (Divulgação)


Um gol, uma vitória simples, era isso que o Brasil precisava diante da Jamaica pela última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo Feminina de 2023, na manhã desta quarta-feira (2). Diante dos mais de 27 mil torcedores presentes no Estádio Hindmarsh, em Adelaide, na Austrália, a Seleção Feminina empatou sem gols e foi eliminada da competição.

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Com três pontos conquistados e na terceira colocação do Grupo F, a Seleção Brasileira entrou em campo pressionada pois precisava vencer para avançar às oitavas de final, após ter perdido para a França. Pela missão que precisava enfrentar, Marta foi escalada pela técnica Pia para iniciar entre as titulares, algo que ainda não havia acontecido na competição. Foi sua última Copa do Mundo como jogadora.


Já a Jamaica, após empatar com a França e vencer o Panamá, entrou em campo mais tranquila e sem pressão. Como já estava na segunda colocação do grupo, tinha a classificação em suas mãos e só precisava do empate para garantir esse feito. Mesmo inferior em qualidade em relação ao plantel brasileiro, a Jamaica tinha um ponto forte a seu favor: não tinha levado gols na competição. Ou seja, o Brasil precisava furar a defesa adversária para vencer.

Por outro lado, França e Panamá se enfrentaram simultaneamente, no mesmo horário, também em jogo valendo a classificação pelo Grupo F. O Brasil torcia para que o Panamá complicasse a vida das francesas; isso até funcionou nos primeiros minutos, quando o Panamá saiu na frente, com gol de Marta Cox, porém a França virou e venceu por 6 a 3.


Primeiro tempo

O Brasil dominou a posse de bola e teve as melhores chances. Mas apesar do domínio, faltava agressividade às brasileiras. Somente aos 23 minutos, após cruzamento de Tamires, Ary Borges subiu entre as zagueiras e cabeceou por cima do gol.

A partir dos 30 minutos, a pressão brasileira “esfriou”, pois as jogadores diminuíram a pressão e passaram a trocar mais passes no meio de campo e isso favoreceu a Jamaica, que até então tentava somente se defender e pouco avançava. As jamaicanas avançaram a marcação e pressionavam a saída de bola.

 
O restante da primeira etapa continuou da mesma forma, tendo o Brasil com maior posse de bola e domínio, mas sem oferecer a ofensividade que o jogo pedia.


Segundo tempo

Com a goleada da França sobre o Panamá, ainda no primeiro tempo, a Seleção retornava do intervalo ainda no terceiro lugar do grupo, fora da zona de classificação; a pressão nos últimos 45 minutos seria ainda maior.


Para a segunda etapa, a técnica Pia realizou uma alteração para deixar a equipe mais ofensiva: colocou a atacante Bia Zanerato no lugar da meia atacante Ary Borges. Era tudo ou nada.


Com uma postura mais agressiva, de fato, o Brasil foi para a pressão. Novamente, dominava a posse de bola e empilhou cruzamentos laterais para a área, mas sem obrigar a goleira a grandes defesas.


A Jamaica, que não tinha a pressão nas costas e beneficiada com o resultado, tratou de tirar proveito de qualquer minuto a seu favor. Com raras chances de gol, tratou de reforçar a marcação para dificultar o avanço do Brasil.


Os minutos iam passando e a vitória brasileira ficava cada vez mais distante. A angustia dos torcedores presentes em Adelaide passou para as jogadoras em campo, que não acertavam as jogadas e passaram a errar muitos passes. Dessa forma, o jeito era um só: bola lançada a para a área, com o objetivo de furar o bloqueio jamaicano. Neste momento, ficou claro que a pressão não partia da adversária, era uma pressão das próprias brasileiras.


A técnica Pia demorou a mexer na equipe e só realizou alterações por volta de 35 minutos, faltando cerca de 10 minutos para o fim do jogo. Em uma das substituições, Marta saiu para entrada de Andressa Alves. 


As trocas chegaram a renovar o gás da equipe, mas as jogadas continuavam as mesmas, principalmente da bola parada. Neste momento, a goleira Spencer, da Jamaica, realizou defesas importantes e não permitiu que a sua equipe, invicta na competição, levasse qualquer gol.


Após quatro minutos de acréscimo, o apito final decretou o empate sem gols. O resultado eliminou o Brasil, que ficou na terceira colocação do Grupo F, com quatro pontos conquistados. Já a Jamaica comemorou sua classificação, junto com a França, para as oitavas de final da Copa.


Confira como ficou a tabela do Grupo F:


Equipes
Pontos
Jogos
Vitórias​
Empates
Derrotas
França
7
3
2
1
0
Jamaica
5
3
1
2
0
Brasil
4
3
1
1
1
Panamá
0
3
0
0
3


Resultado

Foi a terceira vez na história das Copas que o Brasil caiu na fase de grupos, repetindo o que aconteceu nas duas primeiras edições do Mundial, em 1991 e 1995.


Foto: Fifa (Divulgação)


Além do resultado frustrante, foi a última Copa de Marta como jogadora, que não conseguiu conquistar o título inédito. Em entrevista pós-jogo, a camisa 10 confirmou sua despedida:

– Marta acaba por aqui, estou grata pela oportunidade que tive, e muito contente com tudo isso que vem acontecendo com o futebol feminino do nosso Brasil e do Mundo. Para mim é o fim da linha agora, para elas só o começo.



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