No sábado, completam-se dois meses da coleta seletiva em Santa Maria. Foram anos de luta para que a cidade tivesse um sistema eficaz para fazer a correta destinação dos recicláveis. Neste segundo mês, já foram arrecadadas cerca de 50 toneladas – até sexta-feira. Nos primeiros 30 dias, foram aproximadamente 60, o que dá 110 toneladas de materiais desde o começo do trabalho. Três regiões, conforme o Executivo, têm se destacado, com maior adesão da população: Camobi, Tancredo Neves e Pinheiro Machado.
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Na avaliação da prefeitura, o começo da coleta seletiva tem sido estável. É que para o sistema funcionar em sua plenitude, é preciso conscientização e participação da população, afinal, os materiais vêm na grande maioria das casas dos cidadãos. Com o sistema ativo não tem desculpa para não separar os materiais recicláveis dos rejeitos. Ainda, a administração lembra que a limpeza da cidade é uma responsabilidade compartilhada: “cuidar de como o lixo é armazenado, usar as lixeiras adequadas e, principalmente, seguir os dias e horários corretos são essenciais para o bom funcionamento do sistema de coleta”.
Há dois meses, a coleta funciona no sistema porta a porta, diariamente em 12 bairros, e ponto a ponto, agendada em condomínios residenciais e estabelecimentos comerciais. A prefeitura afirma que é cedo para pensar em uma expansão da área atendida, pois ainda é preciso mais informações sobre o comportamento da coleta, principalmente na capacidade de triagem da associação para absorver os materiais de novas rotas.
Apesar disso, foi registrado pela gestão o aumento nos agendamentos individuais. São 88 locais registrados para a coleta Ponto a Ponto e 14 já estão inclusos na rota do veículo da Asmar
A coleta seletiva foi viabilizada por meio de um contrato, de R$ 70 mil mensais, entre a prefeitura e a Associação dos Selecionadores de Material Reciclável (Asmar). Na prática, o Executivo está custeando o trabalho feito pela Asmar (coleta e triagem) e fiscalizando o serviço.
Licitação do lixo
Suspensas no começo do mês passado, as licitações das coletas convencional e conteinerizada não têm prazo para serem lançadas novamente. Elas seguirão suspensas, segundo a prefeitura, enquanto são feitos ajustes e discussões com o Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Assim que as negociações forem concluídas, as licitações serão republicadas e o processo seguirá normalmente”.
É preciso lembrar que as licitações deveriam ter sido lançadas em agosto do ano passado. Como não saiu do papel a tempo, foram feitos contratos emergenciais com as empresas que prestam o serviço e, desde então, o processo licitatório – que parece não ser o forte do Executivo – arrasta-se na indefinição.