Foto: Clarisse Lopes, divulgação
Participantes da Assfor, em registro feito em agosto deste ano
Criada em meio à pandemia, em 2020, a Associação Somando Forças (Assfor) atende hoje mais de 75 crianças e adolescentes. Com sede no bairro Diácono João Luiz Pozzobom, a iniciativa conta com seis oficinas e planos de ampliação. No dia 29, a Assfor fará um jantar beneficente com empresários de Santa Maria. Tendo por objetivo criar parcerias, aumentar a visibilidade do projeto e arrecadar fundos, a ocasião contará com uma mostra das oficinas, alimentação preparada por voluntárias e apresentações dos jovens e artistas locais.
Na Assfor, os jovens recebem apoio por meio de aulas de futebol, dança, comunicação comunitária e reforço escolar. O Projeto Pérolas foca nas mulheres negras da comunidade e tem como intuito a valorização delas e o preparo para a próxima oficina que será lançada. Intitulada Vitrine Sustentável, um novo programa visa gerar empregabilidade às famílias do bairro por meio da distribuição de peças de roupas que serão revendidas, gerando lucro para elas e para o projeto.
Em 2023, o idealizador, Leandro Marcus Flores, se formou em Empreendedorismo Social. Com essa conquista, foi dado início ao processo de formalização e, em 29 de outubro, a Assfor passou a ser reconhecida legalmente como uma associação.
- Eu estou muito satisfeito com o resultado que estamos tendo. Nós iniciamos com 18 ou 19 crianças. Nós não precisamos de carro de som ou panfleto para mostrar o nosso trabalho. O reconhecimento tem vindo pelo impacto que estamos gerando. Tenho certeza que estamos impactando muito, tanto aqui no bairro quanto em Santa Maria – comenta Leandro.
A valorização do projeto vem também pelas famílias das crianças, que não apenas apoiam a participação delas, mas contribuem como podem.
- Eu comecei a participar porque a minha mãe ajuda na cozinha. Os meus pais gostam que eu participe. Eu estou sendo bem cuidado e sempre aprendo bastante – afirma Isaías Xavier, criança atendida pela Assfor.
Entretanto, o reconhecimento traz necessidades. Cada vez mais jovens vem demonstrando interesse em participar das oficinas.
– Durante esses anos, nós fomos mostrando resultados. Hoje temos um fila de espera de mais de 30 crianças e adolescente querendo participar. Mas não tem onde botar essas crianças – ressalta Leandro.
Apesar das dificuldades, os voluntários acreditam na necessidade de ampliar o alcance do projeto. O próximo lugar que a equipe visa impactar em Santa Maria é o bairro Nova Santa Marta, previsto para ser atendido em 2025. Além disso, será inaugurado um polo, ainda este ano, em São Pedro do Sul. Lá já há uma base, registro no conselho e 15 crianças cadastradas com suas famílias.
A associação está sempre aberta para receber voluntários. Como parte do processo de formalização do trabalho, é realizada uma entrevista, quando são discutidos os motivos da procura pelo voluntariado e em quais áreas a pessoa melhor se adequa. Após definidos preferências e turnos, é assinado um termo de voluntário e os trabalhos são iniciados. O contato pode ser realizado com o responsável pelo projeto, Leandro Flores, pelo telefone (55) 9 8116-1751.