Após explosões de quarta-feira, projeto da Anistia no Congresso deve sucumbir

As explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, causaram susto, tensão e muita preocupação no país. Os atentados arquitetados e executados pelo chaveiro Francisco Wanderley Luiz, conhecido por “Tiu França”, uma pessoa desequilibrada, que acabou se explodindo em frente ao Supremo Tribunal Federal, são muito graves. Aparentemente, ele, que foi candidato a vereador em 2020 pelo PL no município de Rio do Sul (SC), agiu sozinho – a investigação está em andamento.


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Contudo, esse fato não pode ser desvinculado do contexto que o país vive, especialmente, desde o resultado das eleições 2022, com atos de vandalismo, o plano de ataque frustrado ao Aeroporto de Brasília e o mais grave de todos: os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Opiniões divergentes são legítimas e fazem parte da democracia, porém as divergêcias descambaram para violência. 

Há, no país, um ambiente hostil, de extremismo e radicalismo a ponto de estimular atos insanos e graves como o registrado em Brasília e que poderia ter causado uma grande tragédia por ocorrer em lugares com grande circulação de pessoas.

 
O episódio provocado por “Tiu França” tende a sepultar no Congresso o projeto de Anistia geral aos responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro. Cada um deve, sim, responder de acordo com a sua culpa, e penas mais severas devem ser contestadas dentro da lei, e não com atos violentos, que não condizem com a democracia. 


E muito menos com uma mensagem de impunidade, como é o caso da proposta para anistiar os autores dos ataques. Isso seria um estímulo a novos fatos graves, como o protagonizado por “Tiu França”, levando o país a uma situação muito perigosa.


– Relativamente a este último episódio (as explosões), algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar –  afirmou Luis Roberto Barroso, presidente do STF.


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Jaqueline Silveira

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