Foto: Divulgação
“Souuuuuuu, sou Chamamé, eu souuuuu”. Este canto ressoa há 30 anos em todo o início de Carnaval no Clube Recreativo Dores. Responsável oficial por abrir as festividades, o bloco Louco por Chamamé coleciona histórias durante as folias de fevereiro. E neste ano não foi diferente. Atualmente, são 150 integrantes.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
Fundado em 1994, reuniu a comunidade tradicionalista para estarem juntos em mais um momento. Máscaras e confetes junto a vestido de prenda e bombacha? Sim. E uma das fundadoras, a assistente administrativa de 46 anos Fabiana Maycá de Souza explica o por quê:
– Ele nasceu coma partir de pessoas pertencentes ao Departamento Tradicionalista do Clube Dores. A ideia era fazer um bloco em que convidamos não somente os integrantes da Invernada artística do Querência das Dores, mas das invernadas em geral que existiam em Santa Maria. O bloco nasceu logo depois que foi fundado o primeiro grupo de danças do clube. Todo mundo se conhecia, e todos se reuniram para fazer o Carnaval.
Chamamé?
O nome que estampa as camisetas foi inspirado em uma música bem conhecida na época de fundação, a Louco por Chamamé, composta por Mauro Ferreira e Luiz Bastos. A Fabiana lembra que entre os fandangos, esta música não faltava.
“Ninguém vai me segurar, ninguém! Ninguém!!!!”
Souuuuuuu
Sou Chamamé, eu souuuuu!!!!
E beber muito eu vouuuu
E ninguém vai me segurar, ninguém! Ninguém!!!!
A música criada pelo bloco, e repetida variáveis vezes, reflete o companheirismo e animação do grupo. Neste ano, o bloco contou com 150 integrantes, mas já chegou a 200. Uma multiplicação do período em que foi fundado, quando tinha 40 foliões.
Festa em todos os anos
Três décadas de festa requer organização. O casal organizador Zeno José Fernandes de Souza e Anaides Maycá de Souza são fundamentais, reitera Fabiana, filha da dupla:
– Mantivemos esses 30 anos. Acredito que foi bastante pela persistência dos meus pais em dar continuidade, porque o bloco foi crescendo. Ele trocou muito as pessoas, e a cada ano sempre renova. E tem aqueles que estão conosco e nos ajudam na organização das atividades do Bloco. Acredito que o que mais conta para um bloco permanecer é ter pelo menos uma pessoa que goste de organização, porque tem questões envolvidas, e temos o apoio do clube também.