cuidados com pets

Cuidados com o pet na gestação vão desde a troca de ração até um local quente e confortável para as novas mamães

Fotos: Charles Guerra (Diário)
A cadelinha Lulu teve três filhotes que têm duas semanas de vida e contou com acompanhamento dos tutores e de uma veterinária

Ter cães em casa é sempre um desafio. Eles exigem alimentação adequada, cuidados, remédios, vacinação e um lugar confortável para dormir. Já imaginou se a sua cadelinha ficar prenha? Você sabe quais os cuidados essenciais deve ter para que ela tenha uma gestação tranquila? Sabe como cuidar dela e dos filhotes depois? A veterinária Cristian Raquel Machado Alves diz que o ideal é reforçar os cuidados com o animal e não expor a cachorrinha a níveis altos de estresse. Além de cuidar para que a futura mamãe tenha água à disposição para o desenvolvimento do leite no pós-parto, alguns profissionais recomendam que a ração da fêmea seja trocada pela de filhote, já que esse tipo é mais rico em nutrientes e minerais. 

- Os cuidados com a cachorrinha devem começar ainda antes do início da gestação. O tutor deve se atentar para que o cachorro que cruzará com a fêmea seja do mesmo tamanho ou menor do que ela, para que ele não a machuque. O ideal também é prevenir as doenças genéticas para que o filhote cresça saudável - lembra a médica veterinária.

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No período gestacional, as cadelas não devem tomar remédios e nem vacinas, só se for recomendado pelo veterinário. O ideal é vermifugá-las, no mínimo, um mês antes da gestação. Mas, caso o tutor descubra a gestação quando já estiver avançada, o recomendado é levar a cachorrinha imediatamente ao veterinário. O mesmo vale para quando uma cadela grávida é achada em situação de rua. O acompanhamento profissional dirá como está a saúde dela e dos filhotes.

Outro ponto importante que o tutor precisa cuidar é o local em que a nova mamãe ficará. Ele precisa ser seco, confortável e quentinho. Segundo o adestrador Sérgio de Loreto Almansa, que também é criador e tratador, logo que a fêmea entra no cio, ele a coloca em um ambiente climatizado ao qual, no máximo, duas pessoas têm acesso para manter os cuidados com água e comida. Assim ela fica longe de outros cães para evitar acidentes. Por esse período, ela entenderá que o local é seguro para ficar e ter os filhotes.

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- Nós deixamos a fêmea por cerca de dois meses nesse ambiente, mas a levamos para realizar caminhadas leves de duas a três vezes por dia e para fazer as necessidades do lado de fora - explica ele.

De acordo com a médica veterinária Alessandra Baggio, da Clínica Veterinária Sede do Cachorro, em Camobi, o local onde a cadela vai ficar deve ser limpo diariamente ou conforme a necessidade da cachorra.

- Ela deve se sentir bem onde for ficar para dormir. Além disso, se o animal de estimação não pode ficar dentro de casa habitualmente, o tutor não deve colocá-lo para dentro, já que a cadela pode ter medo e não conseguir parir. O ideal é deixar que a natureza trabalhe, já que mãezinha mesmo arruma o ninho para ganhar os filhotes - diz Cristian Raquel.

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De acordo com ela, uma das únicas raças que necessitam de uma ajuda para o parto na primeira gestação é a dachshund, o famoso salsichinha, já que a mãe pode não fazer força o suficiente, e o filhote pode acabar ficando trancado.

- Caso contrário, quanto menos mexer nos filhotes, melhor - afirma Cristian Raquel.

ATENÇÃO PARA MÃE E FILHOTES   
Quando os filhotes nascem, o ideal é que eles fiquem junto da mãe. Segundo a veterinária Alessandra Baggio, a cama em que os bebês ficarão deve ser preparada para que eles não fiquem presos e não haja perigo de a mãe sentar em cima dos pequenos.

A higienização dos filhotes também deve ser realizada pela mãe. Ela é quem estimula a urina e as fezes ao lamber o bebê. Com a amamentação, em 45 dias, eles ficam protegidos. A partir desse momento, é hora de pensar no vermífugo e nas vacinas para o filhote. 

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- No período em que a fêmea está amamentando, ela pode ter perda de cálcio, e isso prejudica o crescimento dos filhotes. O ideal é deixá-la beber muita água e oferecer suplementação de boa qualidade. O tutor deve supervisionar sempre o animalzinho e levá-lo para acompanhamento de um profissional - recomenda a médica veterinária Cristian Raquel.

NO CALENDÁRIO
Segundo o adestrador Sérgio, o momento da cruza dura de oito a 12 dias. O maior cuidado que o tutor deve deixar que a fêmea aceite o macho naturalmente, sem interferências. A partir de 30 dias, a barriga já aparece e está na hora de levá-la ao veterinário para a realização de um ultrassom. A gestação dura, em média, 58 a 62 dias.

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A recomendação para a amamentação é de 30 a 45 dias. Nesse período, o tutor não precisa dar ração e nem alimentação para o filhote. Tudo o que ele precisa está no leite da mãe. 

NOVA NINHADA
Atendente em uma clínica veterinária, Luan Sasso, 28 anos, cuidou de duas cadelinhas da raça spitz alemão anão, conhecida por lulu da pomerânia, durante a gestação delas. A cachorrinha Jamile é mãe de quatro filhotes que estão com 30 dias. Já a Lulu é mãe de três filhotes que estão com 14 dias. Ambas têm três anos e meio e passaram pela primeira gestação. 

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De acordo com a médica veterinária Daniela Bagolin Sauzem, da Clínica Veterinária Planeta Animal, que acompanhou as duas durante a gestação, a recomendação é que os tutores sigam com a rotina normal, mas sem deixar de atentar para cuidados como ajudar na hora de elas subirem em sofás ou camas e evitar que pulem. Daniela também recomenda que a suplementação para raças pequenas, como a lulu da pomerânia, seja iniciada após a gestação.

- Se os filhotes ficarem grandes dentro da mãe, será difícil de tirá-los naturalmente. Mas, caso a fêmea seja de médio ou grande porte, é importante o tutor dar suplementos a ela ainda na gestação - recomenda ela.

Foto: Charles Guerra (Diário)

Sasso diz que, durante o parto, cuidou para limpar o local em que as fêmeas ficaram e, por ser o primeiro parto, as ajudou com os filhotes, os colocando todos em locais limpos e quentes.

Daniela recomenda, ainda, que a entrega dos filhotes para adoção aconteça com, no mínimo, 60 dias ou na segunda dose de vacinas.

Colaborou Natália Venturini

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