Deni Zolin

Exército reduz área desmatada de 180 para 90 hectares para nova ESA


Foto: Jornal do Commercio


Após participar ontem da solenidade de ampliação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o presidente Lula vai participar da troca do comandante do Comando Militar do Exército, quando está prevista a assinatura de um Para tentar viabilizar a obra no local, o Exército confirmou, na quarta-feira (16), uma mudança no projeto da nova ESA,Termo de Compromisso para a Instalação da Escola de Sargentos das Armas na Grande Recife. 


em que anunciou uma redução significativa da área que será desmatada, o que vinha sendo alvo de fortes críticas de ambientalistas. 



Durante a coletiva à imprensa na Grande Recife, o general Joarez Alves Pereira Júnior, responsável pelo projeto da nova escola, disse que o projeto foi fatiado, passando a haver obras também foram do campo de instrução do Exército. As informações foram publicadas no Jornal do Commercio, de Recife.

 

O projeto inicial previa desmatamento de 180 hectares e já havia sido reduzido para 136 hectares – mesmo assim, estimativas apontavam para a necessidade de cortar 300 mil árvores nativas. Agora, o projeto reduz a área desmatada para 90 hectares.

 
– Retirando a Vila Militar e levando para outro local, a área de supressão diminuiria de iniciais 180 hectares para 90 hectares. Com isso, estaremos cumprindo a legislação. Essa, inclusive, foi umas sugestões de locações apontadas pelo Fórum Socioambiental de Aldeia  – declarou o general.

 

Ontem, a coluna tentou falar com três ambientalistas de Pernambuco. Um deles afirmou que ainda não havia uma posição oficial quanto a essa mudança de projetos. Outros dois não responderam. Um deles é uma ex-deputada que havia declarado, à Rádio CDN, que não aceitaria o corte de árvores e que exigiria desmatamento zero para construir a ESA. Ela havia afirmado que, se o projeto for aprovado por órgãos ambientais, irá entrar na Justiça e fazer protestos para evitar a derrubada das árvores.

 
Herbert Tejo, do Fórum Socioambiental de Aldeia, afirmou ao Jornal do Commercio ter ficado contrariado com o fato de não ter sido permitida a entrada dele na coletiva do Exército. Depois, questionado se aceitaria essas mudanças, as quais ficou sabendo pela imprensa, ele declarou ao jornal pernambucano:

 
– Se passar para 90 hectares, nós não temos mais nada o que dizer, porque estarão dentro da legalidade, mas fizemos outras sugestões, como reflorestar antes de desmatar.

 
O projeto da ESA prevê investimento de R$ 1,74 bilhão, com obras previstas para iniciar em 2027, e uma geração de 30 mil empregos.

 
A grande dúvida é se os órgãos ambientais vão aprovar os projetos, quando forem enviados pelo Exército e preverem uma quantidade tão grande árvores cortadas.


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