Foto: Pablo Valadares (Câmara dos Deputados)
Atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas) tem feito um leilão pela sua cadeira na tentativa de manter sua influência dentro da Casa e, especialmente, no Centrão, bloco do qual é o principal líder. E, claro, colecionar algumas benesses junto ao governo Lula (PT).
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A eleição da Mesa é só em fevereiro de 2025, mas as negociações estão a pleno vapor. Lira já teria deixado de lado o seu candidato favorito, Elmar Nascimento (União), da Bahia, pelo fato de o nome enfrentar resistência de algumas bancadas e do Palácio do Planalto. Como o presidente da Casa não costuma perder tempo em relação aos seus interesses, ele já encontrou um substituto que agradaria ao Centrão e ao governo Lula. Trata-se de Hugo Motta (Republicanos), da Paraíba. O nome está sendo trabalhado como um consenso. O vice-presidente da Casa e presidente nacional do Republicanos, Marco Pereira, já abriu mão de sua candidatura em favor de Motta.
O deputado, segundo o site Congresso em Foco, fez parte da base dos governos Dilma (PT), Temer (MDB) e Bolsonaro (PL). Eleitor declarado do ex-presidente, Motta teria se aproximado de Lula desde que o seu colega de partido e Câmara Silvio Costa Filho assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos. Com 34 anos, o parlamentar parece ter aprendido rápido o jogo político e não teria problema em transitar da direita para esquerda e vice-versa. Já Lira, além de manter sua influência, poderia receber de agrado pela sua articulação habilidosa até um ministério no Planalto.
Prazo para a análise de emendas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino prorrogou por 72 horas o prazo para que a Controladoria-Geral da República (CGU) apresente o resultado de uma análise técnica sobre as emendas parlamentares, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”. A prorrogação do prazo foi pedida pelo governo federal.
A CGU analisa dados sobre os 10 municípios que receberam o maior volume de emendas por habitante no período entre 2020 e 2023 e deve responder a questões, como qual foi a tramitação das mesmas nos Executivos federal e municipal e a situação das obras ou ações feitas.
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