Centelha da Chama Crioula chega a Santa Maria

Santa Maria recebeu na manhã desta quinta-feira, 29 de agosto, a centelha da Chama Crioula, um dos símbolos do tradicionalismo gaúcho. A cerimônia de recepção teve inicio às 10h30min, na sede da 13ª Região Tradicionalista, localizada no Parque Itaimbé.

O coordenador da 13ª RT, Júnior Pozzobon, 38 anos, agradeceu ao público presente na solenidade. A chegada da Chama Crioula marca o início do Mês Farroupilha, um momento destinado a enaltecer a cultura gaúcha.

- É um orgulho e uma satisfação, como coordenador da 13ª Região Tradicionalista, receber a Centelha da Chama Crioula. Esses cavalarianos percorreram quase 300 km a cavalo conduzindo um dos símbolos do nosso Rio Grande. Isso é muito gratificante para todos nós – destacou Júnior Pozzobon.

Dia 13 de setembro, na sede do CTG Estância do Jarau, localizada no Bairro Pinheiro Machado, a partir das 14h, ocorrerá a distribuição da Chama Crioula para as entidades tradicionalistas de Santa Maria e, então, terá início a Semana Farroupilha de 2024.

FESTIVIDADES

Os homenageados locais são Benjamin Feltrin Netto (in memoriam) e Maria Lili da Luz Feltrim. Já os destaques locais são Giovana Arruda Domingues (2ª Prenda Mirim do Estado) e Matheus da Cunha Goggia Neves (1º Peão Farroupilha do Estado).

CHAMA CRIOULA

O grupo de cavalgada Tropeiros do Coração do Rio Grande é o responsável por buscar a centelha da Chama Crioula na cidade em que ela é gerada e conduzir até Santa Maria. Este ano, a chama foi gerada em Alegrete. Os cavalarianos saíram de Santa Maria na manhã de 14 de agosto. No mesmo dia chegaram ao munícipio da Fronteira Oeste. Para não causar desgaste nos animais e na tropa, a ida é feita em veículos. Os cavalos são levados de caminhão.

No dia 16 de agosto, a chama foi acesa, e no sábado, dia 17, foi distribuída para as entidades tradicionalistas. No domingo, dia 18, os cavalarianos começaram a regressar para Santa Maria.

Gabriel Sidnei Figueiredo, diretor do Departamento de Cavalgada da 13ª RT, 59 anos, explica como é a logística e o planejamento para uma viagem com longa distância como essa:

- A gente se prepara o ano inteiro para este momento. A geração e a distribuição da Chama Crioula é um dos grandes eventos da cultura gaúcha. Organizamos material, arrecadamos fundos para custear as despesas da viagem e temos uma intensa preparação também com nossos animais que cavalgam ao longo de vários dias. A cavalgada é o grande momento. A cada dia, a gente anda um pouco, pernoita em fazenda de amigos e segue fazendo novas amizades.

CHAMA CRIOULA EM SÃO PAULO

Mais uma vez, a Chama Crioula vai ultrapassar as fronteiras do Estado. O médico veterinário Valdecir Vargas Castilho, 74 anos, é um dos membros do CTG Querência Farroupilha, que está localizado na cidade de Marília (SP). Desde 2020, ele vem até o Rio Grande do Sul para buscar a Centelha da Chama Crioula. Depois, percorre mais de mil quilômetros até o Estado de São Paulo com o objetivo de manter acesa a cultura gaúcha, longe dos pagos do Rio Grande do Sul.

- Em 2020, foi a primeira vez que viemos buscar a Chama Crioula aqui em Santa Maria. Já buscamos a centelha também no Parque Harmonia, em Porto Alegre, e essa é a segunda vez que estou aqui na Região Central. Quando chegarmos em Marilia, vamos reacender a Chama Crioula e manter acesa até o dia 20 de setembro – diz o médico veterinário.