Jaqueline Silveira

Presente e futuro do empresário condenado nos atos de 8 de janeiro, recusa do senador Mourão, articulações de Beto Fantinel e União Brasil

Na próxima segunda-feira, completa um ano dos ataques antidemocráticos aos Três Poderes em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) em protesto à vitória de Lula (PT). 


Manifestantes de Santa Maria e região participaram dos atos e alguns chegaram a ser presos e, posteriormente, denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Por enquanto, só o empresário Eduardo Zeferino Englert foi julgado pelo STF e condenado a 17 anos. Ele foi preso no Palácio do Planalto, no final da tarde do dia 8 de janeiro, mesma data em que chegou à Capital Federal. Na denúncia, foram anexados vídeos de Englert no Palácio e incentivando os protestos.

 
Seu advogado, Marcos Azevedo, diz que o empresário foi a Brasília participar de uma manifestação pacífica. Ele ficou preso até o início de agosto, quando foi solto. Agora, após o julgamento em novembro, permanece em liberdade e recorrerá da condenação. 

“O Eduardo está bastante preocupado com a condenação, primeiro por não ser justa, segundo, por ter uma pena absolutamente desproporcional. No mais, estamos aguardando a publicação do acórdão (decisão) para que possamos apresentar os recursos necessários”, afirma o seu defensor.

 
E critica a atuação do relator do processo sobre os atos antidemocráticos no STF. “Mais uma vez, o ministro Alexandre de Moraes se mostrou intimamente vinculado ao processo e não poderia ser o relator e muito menos votar nas ações do dia 8/01/2023, o que defendemos desde o início. Esperamos que a Corte se mantenha íntegra e analise com cautela o recurso”, acrescenta Azevedo.


Beto Fantinel almoça com emedebista e articula com partidos 

A cúpula do MDB de Santa Maria almoçou, na quinta-feira, com seu nome preferencial à prefeitura, o secretário estadual de Assistência Social do governo Eduardo Leite (PSDB), Beto Fantinel (à dir.). Ele, que até agora não confirmou se concorre ou não, age com pré-candidato e na noite de quinta e ao longo da sexta-feira conversou com dirigentes de partidos em busca de uma composição para 2024. Nas suas redes sociais, ele publicou a foto do almoço com a cúpula emedebista.

 

Encontro no almoço do restaurante do ATC. Decisões de contatos entre hj e toda a semana q vem com lideranças de partidos, de forma isolada, e executivas partidárias na semana vindoura. As articulações se darão de forma mais acentuada.


"Estar em Santa Maria, é estar em casa, sempre rodeado por amigos especiais, mas é claro que nossa pauta é focada nas mudanças e melhorias que queremos construir juntos para a nossa terra. Aproveitei o encontro (com os emedebistas) para tratar sobre demandas importantes para o desenvolvimento de Santa Maria. 2024 será um ano de grandes avanços e vamos estar unidos, concentrados em fazer mais e melhor pela nossa gente e pela nossa região", escreveu Fantinel. 


Na foto, entre outros emedebistas, estão o presidente em exercício do partido, Antonio Carlos Lemos, a ex-secretária Marta Zanella, o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), José Egress, e vereador Adelar Vargas, Bolinha.

 
A julgar pelas suas próprias declarações, Fantinel sinaliza que concorrerá, e a preferência de vice seria do Progressistas. O MDB teria até um nome como alvo para compor a chapa, ligado à periferia da cidade.


General Mourão não irá a ato

O senador Hamilton Mourão (Republicanos) divulgou nota sobre os motivos pelos quais não participará do ato simbólico, na próxima segunda-feira, em defesa da democracia em Brasília. 


O evento reunirá o presidente Lula, os presidentes do STF, Luís Roberto Barroso, da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDB), além de governadores, entre eles Eduardo Leite (PSDB).

 
“Não irei à manifestação do dia 8 de janeiro por considerar que o evento não representa o verdadeiro espírito republicano, livre de viés ideológico. Me recuso a participar de um evento organizado por grupos que deturpam a imagem daqueles que não rezam por sua cartilha. A defesa da democracia é de todos nós”, diz um trecho da nota do general Mourão, que foi o vice-presidente de Bolsonaro.


 

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