O ex-prefeito Cezar Schirmer (MDB) enviou nota à coluna sobre os desdobramentos da Operação Patrola, deflagrada em 2016 pelo Ministério Público e que investigou um suposto esquema de pagamento de propina na compra de máquinas, envolvendo agentes públicos e políticos. As irregularidades teriam acontecido em 51 municípios entre 2010 e 2015, e envolve uma empresa, com sede em Santa Catarina.
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Entre essas cidades, o MP apontou Santa Maria. Na semana que passou, o Ministério Público divulgou que denunciou 35 ex-prefeitos, três ex-vice-prefeitos e quatro ex-secretários municipais no Rio Grande do Sul.
Os editais lançados por prefeituras para a compra de máquinas seriam direcionados à empresa investigada, que fez uma colaboração premiada, fornecendo provas de pagamento e a identificação de supostos envolvidos no esquema.
Como o processo está em sigilo e o MP não divulgou os nomes, não há informações sobre quem seriam os denunciados em Santa Maria, apenas o período em que teria ocorrido a suposta fraude, que atingiria a administração de Schirmer.
“Não conheço os termos da delação premiada conduzida pelo Ministério Público. No entanto, posso afirmar que todos os atos praticados pela nossa administração sempre foram pautados pela lisura e pela legalidade, prova disso é que as contas e a gestão foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado ao longo dos dois mandatos”, afirma o ex-prefeito, hoje secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre.
Ele destacou, ainda, que, ao longo de sua vida pública, tem uma trajetória “inatacável”. “Tenho 50 anos de vida pública ética, limpa e inatacável. Repito: não conheço os termos da citada delação, mas tenho certeza de que não maculam e nem desabonam a mim e o nosso governo à frente da prefeitura municipal de Santa Maria”, conclui a nota, assinada por Schirmer.
