No Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado nesta terça-feira (2), foram divulgados os resultados da pesquisa Características da População com Autismo no Rio Grande do Sul, que aponta: a grande maioria das pessoas com autismo está frequentando algum nível de escolarização, com 16.789 (79,17%) indivíduos em idade escolar matriculados.
Por outro lado, 4.418 (20,83%) não frequentam nenhum nível de escolarização, sendo que 190 (4,3%) estão na faixa etária esperada para estudar em algum nível do Ensino Fundamental, e 155 (3,51%) se encontram na faixa indicada para frequentar algum nível do Ensino Médio.
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A análise foi realizada a partir dos dados obtidos por meio da solicitação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). Em relação a 2023, houve um incremento de 100 municípios participantes na pesquisa, chegando a 465. No período, foram registradas 21.997 solicitações de Ciptea, das quais 21.207 foram aceitas (as principais razões para o indeferimento de solicitações foram a apresentação de laudo não emitido por médicos e de documentos cujo diagnóstico informado não corresponde ao transtorno). O estudo é da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders).
OUTROS DETALHES DA PESQUISA
- Gênero – Predominância masculina, correspondendo a 75,09% dos casos de autismo
- Trabalho – Um total de 34,4% dos adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estão empregados. Os dados atualizados revelam que somente 10,85% deles trabalham por cotas
- Desafios – A identificação precoce do TEA foi verificada em 22,7% dos diagnósticos, ocorrendo entre dois e três anos de idade. A pesquisa destacou a coexistência de outras deficiências em 18% dos casos
- Atendimento – A maioria dos indivíduos com TEA recebe atendimento especializado multidisciplinar (73,73%), mas ainda há 8,49% que informaram não receber nenhum atendimento
- Renda – A análise dos dados apontou que a maior parte da população com autismo no Rio Grande do Sul encontra-se nas faixas de renda mais baixas: 84% vivem com até 1,5 salário mínimo nacional