Foto: Prefeitura de Restinga Sêca (Divulgação)
Subiu para 13 o números de municípios da região que assinaram decreto de emergência por causa da estiagem do início do ano. São Pedro do Sul, Dilermando de Aguiar, Formigueiro, Restinga Sêca e São Martinho da Serra entraram para a lista nesta sexta-feira.
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Agora, as prefeituras precisam aguardar o reconhecimento da situação pelo governo estadual e, posteriormente, a homologação a âmbito federal (etapa que costuma demorar mais). No Estado, de acordo com o boletim informativo pela Defesa Civil nesta sexta, são 67 municípios com decreto de situação de emergência e outros 15 que já assinaram o decreto, mas o Estado não recebeu a documentação.
Cidades com decreto de situação de emergência já entregue ao Estado:
- Agudo
- Faxinal do Soturno
- Júlio de Castilhos
- Nova Palma
- Pinhal Grande
- Santa Maria
- São Gabriel
- São Pedro do Sul
- Tupanciretã
Cidades que já assinaram o decreto, mas o Estado não recebeu a documentação:
- Dilermando de Aguiar
- Formigueiro
- Restinga Sêca
- São Martinho da Serra
A pouca chuva dos últimos meses na Região Central causa perdas irreversíveis na agricultura. Em Restinga Sêca, o prejuízo chega a R$ 33 milhões. De acordo com o prefeito Paulo Salerno, houve perdas nas safras agrícolas de arroz, feijão, milho, soja, na criação de bovino de corte, olericultura e tabaco, além da deficiência hídrica que afetou em torno de 13 famílias pela falta de abastecimento de água.
- Felizmente as chuvas dos últimos dias garantiram uma expectativa de que as culturas do arroz e da soja possam se recuperar. Mesmo assim, entendemos que as perdas já ocorridas representam prejuízos significativos aos produtores e, por consequência, ao município - afirma Salerno.
Em Santa Maria, a Emater estima que, em média, 20% da produção de soja e 25% da produção de milho esteja comprometida no município. O prejuízo no setor agrícola, somado à safra de grãos e bovinocultura, chega a R$ 47,5 milhões no município.
A esperança é que a chuva dos últimos dias tenha sido suficiente para, pelo menos, frear perdas. No entanto, não é possível recuperar o que já foi perdido, já que o potencial produtivo das plantas já está comprometido. No final de 2019, o plantio da soja já atrasou por causa da chuvarada entre outubro e novembro, e agora a estiagem trouxe mais prejuízos.
*Colaborou Janaína Wille