Foto: Arquivo pessoal
Foi concluído o laudo sobre a morte de Juarez Oliveira (foto acima), 51 anos, que morreu depois de ser agredido em uma briga em um CTG de Restinga Sêca no dia 12 de agosto. Oliveira ficou 12 dias internado no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) em estado grave. A causa apontada pelo Instituto Médico Legal (IML) foi traumatismo intracraniano por instrumento contundente. O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia de Restinga Sêca como lesão corporal seguida de morte.
Criminosos invadem, furtam e vandalizam escola em São Pedro do Sul
De acordo com a advogada da família da vítima, Márcia Pereira, o laudo prova a intensidade dos ferimentos. Para ela, o crime deveria ser enquadrado como homicídio doloso.
- Há depoimentos que indicam que, enquanto um indivíduo segurava a vítima, o outro batia, o que faz com que o agressor assuma, sim, o risco de matar. Não prestaram nenhum socorro à vítima, que, após as agressões, ficou desacordada, no chão - justifica a advogada.
O caso aconteceu por volta das 17h, em frente ao CTG Os Vaqueanos, na Rua Ernesto Friedrich. A briga teria começado porque o irmão de Oliveira, de 40 anos, estaria discutindo com um homem. Oliveira teria tentado impedir que o irmão fosse agredido e acabou atacado por três homens.
TIPO DE CRIME
A delegada Elizabeth Shimomura, responsável pelo inquérito, ainda deve ouvir uma última testemunha, indicada pela família. A delegada não dá detalhes sobre quantos suspeitos serão apontados e sobre as circunstâncias da morte. Ela diz que o enquadramento do crime poderá mudar até o fim da investigação.
- Há várias contradições nos depoimentos, por isso, só vamos esclarecer esses pontos quando terminar o inquérito - declarou.
Empresas ajudarão prefeitura na reconstrução de pórtico destruído em Agudo
Oliveira era divorciado, tinha nove filhos e era operador de máquinas na prefeitura de Restinga Sêca. Alessandra Rodrigues da Silva, 28 anos, filha da vítima, diz que se sente revoltada por ver os suspeitos soltos. Segundo ela, o pai não gostava de briga. Alessandra acredita que o pai foi agredido por engano.
- Pelo que ficamos sabendo, foi muito rápido. Meu tio não pôde nem defendê-lo. E a pessoa que provocou isso está solta, já indo a outros bailes, como se nada tivesse acontecido - conta a filha de Oliveira.