Foto: Solano de Oliveira (Divulgação)
Está em andamento, desde o fim de novembro, na Câmara de Vereadores de Itaara, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta irregularidade por parte do Executivo na contratação de uma empresa para construir uma cerca de 550 metros em um campo de futebol municipal, às margens da BR-158. A prefeitura pagou R$ 7,9 mil pelo serviço, que foi dado como concluído em março deste ano.
Porém, no mês de agosto, o vereador Eduardo Claro (DEM) propôs a criação de uma CPI para investigar o assunto, pois a empresa contratada pelo Executivo teria cercado apenas 200 metros do local, sem sofrer nenhum questionamento da prefeitura do município.
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Procurado, ontem, pela reportagem, o autor da CPI preferiu não se manifestar.
A presidente da CPI, vereadora Luciane de Cecco Cavalheiro (DEM), afirma que, por enquanto, ninguém foi ouvido.
- Estamos ainda na fase de recolher os documentos - diz.
Questionada sobre quais documentos foram solicitados ao Executivo, a vereadora disse que precisava, antes de se manifestar, falar com a Procuradoria Jurídica da Casa. Porém, adiantou que a conclusão dos trabalhos da CPI pode ficar para o próximo ano.
- Como tem o recesso, vamos conversar com a comissão para ver se deixamos para março do ano que vem, para não fazer tudo correndo agora - explica.
Procurado, o prefeito de Itaara, Cleo Vieira do Carmo (MDB), afirma que a denúncia não passa de uma briga política no município.
- A empresa contratada cercou todo o campo, até porque era uma exigência da Caixa (Econômica Federal) para nos liberar o recurso. A CPI é completamente política. O que houve ali foi uma tomada de preço e a realização de duas obras. Uma no estádio e uma em um terreno da Secretaria de Obras, que, juntas, totalizam a metragem contratada - explica o chefe do Executivo de Itaara, sobre a denúncia do vereador.
CRONOLOGIA
- No início deste ano, a prefeitura contratou uma empresa para realizar o cercamento de um campo de futebol, localizado em um terreno do município, às margens da BR-158
- A obra foi entregue em março, sem nenhum questionamento do Executivo
- Em agosto, o vereador Eduardo Claro (DEM) propôs a criação da CPI para investigar o assunto, já que suspeitava que a empresa não instalou os 550 metros de cerca acertados em contrato
- Em 21 de novembro, a CPI foi instalada
- A conclusão dos trabalhos deve ficar para depois do recesso, em março do ano que vem