data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo (Diário)/
Um convênio firmado entre a prefeitura de Santa Maria e o Estado do Rio Grande do Sul garantirá o retorno dos testes PCR realizados na cidade, em parceria com o Laboratório de Diagnóstico Molecular da Universidade Franciscana (UFN). A partir desta segunda-feira, os exames tipo PCR - amostra nasal que diagnosticam a presença do vírus da Covid-19 - voltam a ser feitos em Santa Maria. Dessa forma, as amostras não precisam ser enviadas para o programa Testar RS, do governo estadual, como ocorria há quase 75 dias.
Os resultados serão liberados em menos de 24 horas, e não mais em 72 horas - prazo dado para quando era enviado para fora do município. Segundo a secretária adjunta de Saúde, Ana Paula Seerig, a falta de convênio se dava pelo esquema de organização firmado no inicio da pandemia:
- Nós tínhamos outra organização, encaminhávamos as amostras via Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e era assim que estávamos conseguindo fazer até meses atrás. Agora temos outra estratégia. A gente precisou fazer esse convênio para viabilizarmos os testes. A UFSM está reorganizando os processos para a retomada, mas, por hora, os diagnósticos públicos serão feitos apenas pelo laboratório da UFN.
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Atualmente, a demanda do município é de 50 a 60 amostras diárias, mas o laboratório tem capacidade de realizar cerca de 200 testes por dia. As amostras diagnosticadas são coletadas na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), no Centro de Referência Municipal da Covid-19 e no Hospital Regional. O coordenador do Laboratório de Diagnóstico Molecular da Universidade Franciscana (UFN),o biomédico Huander Felipe Andreolla, comenta que a volta do serviço é essencial, uma vez que ao diagnosticar a presença do vírus é possível entender a realidade da pandemia na cidade.
- As vacinas exercem seu papel de evitar consequências e complicações, mas os testes precisam continuar sendo realizados, ainda mais agora com o retorno de eventos e atividades presenciais. A nossa linha de fluxo começa no teste, mas potencializamos fazendo o sequenciamento genético no laboratório da UFSM, o que possibilita diagnosticar o perfil das variantes que circulam na região. Santa Maria é uma cidade com grande fluxo de pessoas, tanto de alunos quanto de contingente militar, por isso a importância de acompanharmos o andamento da pandemia e das variantes - disse.
Todas as amostras positivas de testes realizados na cidade, tanto do meio público quanto privado, são encaminhadas à UFSM, para que por meio do sequenciamento genético seja analisada a presença de possíveis variantes.
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AMPLIAÇÃO DOS TESTES
Ainda segundo Ana Paula, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) enviou uma orientação para que seja ampliado o público-alvo dos testes PCR, deixando de ser apenas para pessoas com sintomas ou contatos próximos de casos confirmados com o vírus.
- Sentimos que pessoas não estão buscando o serviço, não sabemos se por falta de informação ou dificuldade de acesso. Agora o estado lançou uma orientação para que até março de 2022 sejam ampliados os critérios de testagem, como por exemplo, para qualquer indivíduo que chegue nos nossos serviços, para que a população não tenha receio de testar - informa Ana Paula
RELEMBRE
Até outubro, 86% dos testes de Santa Maria eram realizados pela UFN e UFSM. Com a falta de insumos, os exames realizados pelo Sistema Único de Saúde precisaram ser enviados pelo programa Testar RS, que enviava as amostras para fora da cidade, demorando de três a quatro dias para serem liberados os resultados.
*Colaborou Eduarda Nenê da Costa