data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)
Diagnosticada com diabetes, Yasmin adquiriu novos hábitos
Neste sábado, 14 de novembro, é o Dia Mundial da Conscientização do Diabetes. Classificada em Tipo 1 ou 2, a doença ocorre quando há falta insulina no organismo, e pode acometer todas as faixas etárias.
Conforme o médico endocrinologista Mateus Dornelles Severo, 36 anos, o diabetes tipo 1 ocorre quando o organismo é autoimune à insulina, hormônio que regula a glicose no corpo. Esse é mais comum em crianças.
Santa Maria tem 6.768 casos confirmados de coronavírus
Já o diabetes tipo 2, mais recorrente em adultos, é consequência da alimentação inadequada e falta de atividades físicas. Pode ocorrer com maior frequência em idosos.
Embora as crianças sejam mais resistentes ao diabetes tipo 2, a obesidade infantil pode desencadear em doenças graves, como essa.
De acordo com o Ministério da Saúde, crianças obesas têm 75% de chance de enfrentarem o mesmo problema na fase adulta. Em 2018, o órgão registrava que, duas em cada 10 crianças menores de 5 anos apresentam sobrepeso, enquanto que, dos 5 aos 9 anos, este índice aumenta para três. Além disso, 20% dos adultos brasileiros têm obesidade.
A pequena Yasmin Rhodden Pizzuti, 5 anos, foi diagnosticada com diabetes tipo 1 há seis meses. Para os pais, a agente penitenciário Simone Rhodden Pizzuti, 41 anos, e o militar Flávio Pizzuti, 49, e a irmã, Stefani Pizzuti, 15, o susto foi grande. Afinal, ela nunca tomou refrigerante, tampouco o leite era adoçado.
Agora, a verificação constante da glicose é rotina na família.
- Percebemos que algo estava errado porque ela tinha sede, fome e cansaço constantes. Iniciamos o tratamento rapidamente. Hoje, ela usa insulina, e açúcar e carboidratos foram cortados. Picolé, chocolate, leite condensado, arroz e massas foram substituídos - comenta Pizzuti.
Estado registra 43 óbitos por Covid-19 nesta sexta-feira
Assim como no caso de Yasmin, o médico orienta os familiares a controlar a ansiedade diante de uma diagnóstico de diabetes, e iniciar, de imediato, um tratamento com especialista.
Severo explica, ainda, que, embora com menor incidência, o diabetes tipo 2 tem aumentado entre crianças e adolescentes, por conta da obesidade. Porém, o tratamento geralmente não faz uso de insulina, apenas com medicamento e reeducação alimentar. data-filename="retriever" style="width: 100%;">
ALIMENTAÇÃO
A nutricionista Camila Lehnhart Vargas, professora do curso de Nutrição da Universidade Franciscana, atua na Clínica Crescer Contigo, que atende bebês a adolescentes. Segundo ela, no que se refere à alimentação infantil, o cuidado se inicia na gestação.
- A grávida deve fazer pré-natal com acompanhamento nutricional, amamentar o bebê de forma exclusiva até os 6 meses, e complementar até os 2 anos ou mais. P cuidado nos 2 primeiros anos, com alimentação adequada para a idade, é investimento em saúde na primeira infância, além de prevenir a obesidade e doenças crônicas - explica.
Ainda de acordo com ela, seguir uma alimentação adequado inclui variedade, qualidade e harmonia, entre frutas, verduras e legumes, cereais, leguminosas, carnes e ovos, e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e processados.
PREVENÇÃO
O diabetes tipo 1 tem tratamento, mas não tem prevenção. Veja, abaixo, como prevenir o diabetes tipo 2:
- Faça exercícios físicos
- Diminua carboidratos e açúcares
- Alimente-se de frutas e verduras
- Busque equilíbrio entre carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais
- Avalie sempre peso e altura das crianças e mantenha os exames médicos delas em dia
- Gestantes precisam ter alimentação controlada
- Evite oferecer açúcar às crianças, principalmente antes dos 5 anos
- Em caso de resistência da criança com a alimentação saudável, não desista. Ofereça-os de forma diferente: picados, ralados, cozidos, crus, puros ou misturado a outros pratos
- Envolva a criança no preparo dos alimentos
Fontes: Camila Lehnhart Vargas, nutricionista, e Mateus Dornelles Severo, endocrinologista
*Colaborou Gabriele Bordin