Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário)
O labrador Guapo 4 anos, é um dos cães usados na terapia para amenizar o sofrimento da internação
A história dos cães Guapo e Logan - que trabalham no salvamento e resgate junto ao Corpo de Bombeiros de Santa Maria - foi contada pelo Diário na edição de 12 de janeiro deste ano. Agora, o "trabalho" deles chamou a atenção de integrantes do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. No último dia 22, os bombeiros do Estado vizinho visitaram o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) para conhecer o projeto de cinoterapia, o qual, a cada 15 dias, leva os cães até os pacientes internados na Unidade Paulo Guedes, onde participam de atividades terapêuticas e recreativas com os pacientes, no pátio interno do hospital.
Antes mesmo de os pacientes descerem, uma roda de conversa se formou no pátio em volta dos dois cães. Desde o final do ano passado, três labradores - Guapo (2 anos), Kira (3 anos) e Logan (4 anos) - estão visitando e levando carinho aos pacientes do Husm.
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O comandante da 1ª Região do Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina (CBMSC), coronel César Nunes, acompanhava o grupo e quis saber todos os detalhes sobre o projeto. Em Santa Catarina, ele será o responsável por apresentar o projeto e disseminá-lo em outros hospitais.
Os bombeiros de Santa Maria explicaram que, além do rígido controle sanitário, os cães passam por banho em pet shop antes de ingressar no hospital. A visita dos cães começa pela unidade psiquiátrica devido às características dos pacientes.
O major Walter Parizotto, comandante do 14º Batalhão de Bombeiro Militar de Santa Catarina, convidou o grupo de profissionais do Husm para participar de um seminário de cinoterapia, que irá ocorrer na cidade de Itajaí, entre os dias 20 e 22 de julho deste ano.
- É muito satisfatório mantermos o cão ativo e fazemos o bem para as pessoas. Temos um curso para treinamento de cinotécnicos, e estamos tentando convencer nossos homens de que essa é uma atividade extremamente importante para o cão, para o profissional e para quem recebe a atividade - explica Parizotto.
O chefe da Unidade Paulo Guedes, enfermeiro Luciano Bertasi, contou aos visitantes que, apesar de o projeto estar no início, já foi possível verificar melhoras nos pacientes.
- Esse é um projeto que agrega muito à atividade que a unidade se propõe a fazer para a recuperação dos usuários que estão internados aqui. A gente percebe a satisfação deles, e isso aproxima ainda mais os internos da vivência cotidiana, do estar em casa, do contato com os animais - afirmou Bertasi.