retinoblastoma

Oftalmologista explica sobre doença que afeta a filha do apresentador Tiago Leifert

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)


O apresentador Tiago Leifert e sua esposa, a jornalista Daiana Garbin, divulgaram em uma live, no último sábado, que a filha do casal, Lua, de 1 ano e 3 meses, está em tratamento contra o retinoblastoma, uma forma rara de câncer na retina que atinge principalmente crianças. Conforme explicou Daiana durante a transmissão, o tumor foi descoberto ainda em novembro de 2021. O retinoblastoma pode atingir um ou os dois olhos, e no caso de Lua a doença é bilateral.

Segundo explicaram na live, o casal começou a desconfiar de alterações na visão da pequena quando ela passou a fazer movimentos irregulares com os olhos. Tiago foi o primeiro a perceber as mudanças e alertou a família. Depois de um tempo, Daiana também percebeu que havia algo errado com a visão da filha.

Mesmo sem que o resto da família e amigos acreditassem que algo poderia estar errado, Lua foi levada ao oftalmologista após o casal notar uma mancha branca no fundo do olho da criança. No consultório, o médico identificou o problema de imediato e transferiu o caso para um oftalmologista especializado. O tratamento da Lua incluiu quatro sessões de quimioterapia.

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De acordo com o jornalista, o casal que é extremamente reservado, decidiu divulgar o caso como forma de conscientizar a população sobre a gravidade da doença e sobre a necessidade do acompanhamento oftalmológico nas crianças.

- O recado mais importante que a gente tem pra você que tem uma criança ou um bebê é se você reparar que tem um movimento irregular no olho dela, que ela está olhando meio de lado ou se quando você tira uma foto com flash o reflexo do olho volta branco vá imediatamente procurar um oftalmologista - relatou na live.

O que é o retinoblastoma?
Para tirar dúvidas sobre esse tipo raro de câncer, o Diário conversou com o médico oftalmologista Alvaro Rossi. Conforme explicou Rossi, o retinoblastoma é um tumor genético que cresce nas células da retina:

- Esse é o tumor ocular mais comum na infância. É raro, apenas 3% nascem com ele, mas é um tumor que tem um crescimento muito rápido e se a gente não fizer um diagnóstico precoce a evolução pode ser ruim.

O retinoblastoma é um câncer de rápida disseminação, por isso não é possível se realizar biópsia, como ocorre com outras doenças do tipo. Para que seja diagnosticado, é recomendado o exame de fundo de olho. Essa avaliação pode ser realizada pelos próprios pediatras.

A Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs), também faz alerta de que após o nascimento, recomenda-se levar a criança ao oftalmologista antes dela completar um ano de idade.

Entre os principais sintomas, conforme a Sorigs, está o esbranquiçamento do reflexo do olho, a chamada leucocoria. Ainda segundo a sociedade, os sintomas deste câncer incluem o estrabismo, diminuição da visão, dor nos olhos, vermelhidão da parte branca do olho e o abaulamento dos olhos e cor diferente de cada íris. De acordo com o doutor Alvaro Rossi, é importante estar atento a esses sinais:

- O tumor pode se desenvolver nos primeiros meses de vida. O mais importante é que os pais e os pediatras se atentem quando houver alterações no reflexo dos olhos ou em comportamentos como desviar o olho.

Ainda segundo o médico, ao longo dos últimos anos os tratamentos para o retinoblastoma vem evoluindo. No passado, em casos agressivos da doença era necessária a retirada do olho. Atualmente com os novos tipos de quimioterapia e demais tratamentos, é possível recuperar até mesmo a visão.

- Existem vários tipos de tratamento e eles dependem da extensão e do crescimento do tumor. Tudo isso é levado em consideração para se planejar que tipo de tratamento fazer - afirma o médico.

O oftalmologista ainda explica que os casos de retinoblastoma não devem aumentar, porém é importante que os responsáveis e os médicos estejam atentos para este e para outros tipos de doença que podem afetar os olhos. No caso da Lua, as sessões de quimioterapia já foram finalizadas e a visão do olho esquerdo já retornou ao normal, mas o tratamento ainda não tem prazo para terminar. (Colaborou Denzel Valiente)


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