Foto: Charles Guerra (Arquivo/Diário)
Nove meses já se passaram desde que a notícia de que Santa Maria enfrentava um surto de toxoplasmose foi oficialmente confirmada. De lá para cá, 902 casos já foram confirmados da doença na cidade.
Nesta sexta-feira, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) confirmou a primeira morte de um bebê com toxoplasmose congênita desde o início do surto (há registro de outros 10 casos de abortos e 3 casos em que houve registro de morte fetal).
Por que falta água com tanta frequência nos bairros de Santa Maria?
A criança - uma menina - acabou vindo a óbito há cerca de 15 dias. O Husm não passa mais detalhes da morte, mas segundo a médica, a bebê tinha cerca de três meses e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Husm desde o dia 18 de dezembro, com complicações no sistema nervoso central e oftalmológicas.
De acordo com a médica Maria Clara Valadão, responsável pelo setor de Infectologia Pediátrica do Husm, 19 bebês com a doença fazem o tratamento no hospital atualmente.
Além dos pacientes com toxoplasmose congênita, o ambulatório de toxoplasmose do Husm também atende bebês cujas mães tiveram o diagnóstico positivo para a doença durante a gestação. São cerca de 135 gestantes em acompanhamento no hospital. Todos serão monitorados por, pelo menos, um ano.
O Husm concentra o atendimento às gestantes e às crianças com toxoplasmose congênita (bebês que foram infectados durante a gestação e que nasceram com a doença) .