Um aumento de 56 vezes no número de diagnósticos em relação ao mês anterior e recorde de casos mensais desde o início da pandemia. Foi esse o impacto da chegada da variante Ômicron em Santa Maria durante o mês de janeiro deste ano. Foram 8.402 contaminados, mais de mil acima do recorde anterior, registrado em março de 2021, momento em que a Região Central vivia com a superlotação de leitos e as restrições da bandeira preta.
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Fonte: Observatório de Informações em Saúde da UFSM
Os dados foram contabilizados pelo Observatório de Informações em Saúde da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As mortes também voltaram a crescer: foram 15 em janeiro, mais do que a soma dos quatro meses anteriores.
Outro recorde também foi batido: o de maior número de casos confirmados em apenas um dia. Em 20 de janeiro deste ano, foram 461 casos confirmados da doença. O recorde anterior era 18 de maio de 2021, com 366. A maior média móvel da pandemia também foi registrada naquele dia: 408.
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Para o médico epidemiologista da prefeitura, Marcos Lobato, a tendência é que os números ainda sigam aumentando. Ele compara a situação atual com a de janeiro do ano passado, quando também havia uma crescente de casos pós festas de fim de ano. Mas, mesmo com três vezes mais casos que no mesmo período do ano passado, janeiro de 2022 terminou com 35 mortes a menos. A grande diferença foi a vacinação.
- Tivemos mais de 50 óbitos em janeiro de 2021, e 15 em janeiro de 2022. Esse contexto é dado pela grande cobertura vacinal de 70% de agora com praticamente 0% em 2021. No ano passado, a gente tinha uma proporção maior de pessoas que internavam e morriam dentro do número total de casos. Agora, temos uma proporção menor. Principalmente pela vacina, que protege e torna a doença mais leve para quem se contamina - explica Lobato.
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Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS), 24 pessoas com Covid-19 estão internadas em UTIs de Santa Maria. A ocupação dos 114 leitos está em 61%. Em 10 de janeiro, o índice era de 34%.
TERCEIRO ALERTA
Santa Maria está em alerta desde 19 de janeiro no âmbito do Sistema de Monitoramento 3 As do governo estadual. Os alertas são emitidos quando há aumento de um ou mais índices sobre a transmissão do coronavírus nas regiões, assim como o aumento de internações em leitos clínicos e de UTI. Após a notificação, as regiões devem rever as medidas e os protocolos sanitários, visando intensificar a fiscalização. Entretanto, a Associação dos Municípios da Região Centro (AM Centro) ainda não estabeleceu novas medidas restritivas.
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Para Lobato, a exigência de comprovante de vacinação é uma boa alternativa.
- Exigir o passaporte vacinal no maior número de locais possíveis. É uma medida do poder público, mas a própria sociedade poderia fazer. A principal medida que temos hoje é a vacinação. Curiosamente, temos notado um aumento na procura por vacinas, inclusive de pessoas que já poderiam estar completamente vacinadas, mas que estavam inseguras, e nesse momento buscam se vacinar - relata.
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