saúde e tecnologia

Estudantes da Unifra desenvolvem aplicativo de primeiros socorros para crianças

Thays Ceretta

Fotos: Charles Guerra (Diário)
O aplicativo, que deve ficar pronto no primeiro semestre deste ano, promete ajudar muitas pessoas em situações complicadas envolvendo crianças

Mesmo vigiadas de perto, as crianças podem _ e geralmente é o que acontece _ surpreender e, em questão de segundos, envolverem-se em alguma situação de risco. Cortes, quedas, engasgos e queimaduras são alguns exemplos do que pode vitimar os pequenos. Nesses casos, você saberia como prestar os primeiros socorros a uma criança? Pensando em ajudar pais e familiares é que um aplicativo para celular está sendo desenvolvido pelos estudantes do Centro Universitário Franciscano (Unifra), prometendo facilitar a vida de muita gente.  

Quem já passou por alguma situação complicada envolvendo a saúde de alguém sabe que chamar uma ambulância ou ir imediatamente ao hospital é a primeira ação que passa pela cabeça de quem está perto de alguém que passa mal. Porém, dependendo do caso, o tempo que se leva para prestar socorro pode deixar sequelas ou até mesmo levar à morte.

É por isso, também, que a enfermeira e mestranda Amanda Schneider Weissheimer, do mestrado profissional em Saúde Materno Infantil, teve a ideia de desenvolver um sistema de primeiros socorros infantil.

_ Percebi isso quando fazia estágio em um hospital aqui da cidade. Às vezes, as crianças chegavam já quando a gente não tinha mais o que fazer ou que se poderia ter tido uma conduta diferenciada em casa ou na escola antes de chegar para pedir socorro. Dependendo da situação ou conduta, pode levar à morte. Tem orientações que são simples de serem explicadas. Se os responsáveis souberem o que fazer naquele momento em que chega a ajuda ou o momento certo de chamar, facilita e diminui a mortalidade e as sequelas das crianças _ explica Amanda.

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PRAZO
O sistema está sendo desenvolvido em conjunto com o Laboratório de Práticas dos cursos de Ciências da Computação e Sistemas de Informação do Centro Universitário Franciscano. O coordenador do laboratório, Fernando Prass, explica que a primeira parte do projeto está 80% pronta.

O mecanismo oferecerá formas de agir frente a acidentes domésticos como engasgo, parada cardiorrespiratória, desmaio, queimadura, queda, intoxicação, envenenamento, choque elétrico, entre outros. E, se você se perguntar "Será que na hora do desespero eu vou conseguir socorrer a criança e prestar atenção nas dicas do aplicativo?", a resposta, segundo os criadores, é sim, porque, ao clicar no ícone Injúria ou Lesões Não Intencionais (nome dado ao acidente doméstico), o usuário passará por questionamentos e informações de condutas que devem ser seguidas no determinado caso, desde a forma de como abordar a criança até o momento certo de chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou ir até o hospital.

_ Primeiro, o aplicativo tenta identificar o que aconteceu. As perguntas vão servir para ajudar o software a identificar o problema para ele saber o que te mostrar de ações. A ideia é que a gente coloque ícones característicos, textos objetivos, além de vídeo curtos com áudio e uma opção com texto para explicar melhor. A primeira parte, da produção dos conteúdos, ainda precisa ser finalizada. Depois, vamos trabalhar no aplicativo propriamente dito que será visualizado no aparelho de celular _ esclarece o professor Prass.

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Como funciona

  • A ideia é que o aplicativo seja simples para que as pessoas percam menos tempo usando o aparelho, e, sim, socorrendo a criança 
  • A expectativa é que os responsáveis acessem as informações antes de passarem pelas situações de pânico
  • O aplicativo estará disponível na Apple Store ou Google Play
  • Depois de baixá-lo no celular, o sistema vai estar disponível sem internet
  • A previsão é que o aplicativo esteja finalizado até o fim deste primeiro semestre

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