data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Com a chegada do calor e o período de férias, está aberta a temporada de piscinas, praias e balneários. Com a maior exposição ao sol, desde 2014, o mês de dezembro foi escolhido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para promover o Dezembro Laranja, marcado por discussões e alertas à população sobre o câncer de pele.
Em 2020, cerca de 180 mil brasileiros tiveram diagnóstico positivo para a doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Além disso, o órgão informa que o principal fator de risco para a doença é a exposição solar, prática que aumenta neste período do ano.
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De acordo com o Painel da Oncologia do Ministério da Saúde, o Brasil registrou em torno de 205,18 mil diagnósticos de câncer de pele entre 2013 e 2021. Os números apontados pela plataforma mostram que, entre 2013 e 2021, a proporção de novos diagnósticos de câncer de pele foi de aproximadamente 4 mil a cada ano. Entre 2018 e julho de 2021, o total de diagnóstico de câncer de pele chegou a 184,09, ou cerca de 46 mil ao ano.
Os Estados que mais totalizaram casos de câncer de pele, entre 2013 e 2021, foram São Paulo, com 52,87 mil, Paraná (27,20 mil), Rio Grande do Sul (27,05 mil), Minas Gerais (22,66 mil) e Santa Catarina (16,97 mil). De 2013 a 2021, a doença gerou 374 mil internações na rede pública de saúde do Brasil e foi a causa da morte de quase 32 mil pessoas, de acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS). O Rio Grande do Sul chegou ao total de 38,59 mil internações.
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De acordo com a médica dermatologista Luciane Vargas, o câncer de pele é um dos motivos mais frequentes de consultas com dermatologistas. Ela lembra que a chance de cura é alta quando o problema é diagnosticado precocemente.
- A exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco que pode desencadear a doença, que pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e brilhoso, ou como uma ferida que não cicatriza - salienta Luciane.
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A dermatologista explica ainda que, desde 1999, o mês de dezembro marca o período da campanha Dezembro Laranja. Naquele ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou uma campanha de orientação e conscientização da população brasileira em relação à prevenção e detecção do câncer da pele. Tal iniciativa alcançou tamanho volume que, em 2009, o Guinness World of Records a certificou como o maior mutirão de atendimento médico em um único dia, atingindo diretamente 34 mil pessoas.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo\Diário)
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 176 mil novos casos só neste ano. Com o slogan 'Se exponha, mas não se queime', a campanha nacional de prevenção à doença reforça que para se prevenir, além da aplicação do filtro solar, é recomendável, caso notar uma mancha de pele que mudou de tamanho, desenho ou cor, procurar um dermatologista.
- No Brasil, a doença afeta cerca de 200 mil pessoas por ano. A proporção aproximada é de 80 novos casos para cada 100 mil homens e de 87 novos casos para cada 100 mil mulheres. O perfil mais afetado é o de pessoas de pele clara acima dos 40 anos - finaliza Luciane.
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Conforme o médico dermatologista André Costa Beber, chefe do serviço de dermatologia do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), em 2020, foram feitas 270 cirurgias de retiradas de tumores e 3.148 procedimentos menores, também para tratamento de câncer e lesões pré-cancerosas.
TIPOS DE CÂNCER DE PELE
- Não melanoma: mais frequente no mundo, correspondendo a cerca de 97% dos casos. É o tipo menos agressivo, com altas chances de cura quando descoberto no início.
- Melanoma: um dos mais agressivos de todos os tumores malignos. Costuma disseminar rapidamente para outros órgãos e possui histórico familiar como grande fator de risco.
No Brasil, país tropical, o sol está presente praticamente o ano inteiro e em todos os lugares. Cerca de 30% dos cânceres registrados no país são câncer de pele, um índice alto, que aponta para a necessidade de proteção.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
FATORES DE ALARME
- Feridas que formam casquinhas ou sangram e não cicatrizam, localizadas principalmente em pele exposta ao sol, ou em cicatrizes antigas e úlceras crônicas
- Sinais (pintas) normalmente localizados no tronco, em homens e na perna nas mulheres com as seguintes características: assimetria, borda irregular, com as cores vermelho, preto e marrom na mesma pinta e o diâmetro maior que 6mm
- Evolução das pintas, acompanhar se houve aumento de tamanho com o passar do tempo
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PESSOAS COM MAIS CHANCE DE DESENVOLVER O CÂNCER DE PELE
- Pessoas de pele, olhos e cabelos claros
- Profissionais atuando em contato com agrotóxico
- Pessoas com histórico familiar de câncer de pele
- Pessoas que sofreram queimadura do sol na infância
- Pessoas com histórico de doenças de pele
- Ruivos
- Idosos
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Segundo a dermatologista, é necessário tomar algumas medidas de prevenção e proteção à saúde no dia-a-dia com os seguintes cuidados:
- Passar duas camadas de protetor solar 30, inclusive em dias nublados, 15 minutos antes de sair
- Reaplicar o protetor, no mínimo uma vez de manhã e outra de tarde
- Usar chapéu de abas largas, protegendo orelhas e pescoço
- Vestir roupas leves, calça e camisetas de manga longa
- Usar óculos solar de boa qualidade
- Evitar atividades ao ar livre entre 10h e 16h
- Se estiver em veículo, deixe os vidros fechados, pois eles bloqueiam a radiação ultravioleta
CONSCIENTIZAÇÃO
Em Santa Maria, por conta da pandemia, não foram realizadas ações com o público nos postos de saúde, segundo a prefeitura.
No Hospital Universitário também não houve iniciativas relacionadas à campanha neste ano.
A Universidade Franciscana (UFN) realizou a 2ª edição do Dezembro Laranja, com a campanha de arrecadação de protetores solares para catadores de recicláveis.
*Colaborou Fellipe Medeiros