A possibilidade da ocorrência de casos de chikungunya na região não se confirmou. Em maio, testes em dois moradores de Nova Esperança do Sul haviam apontado positivo para a doença, o que foi desmentido pelas contraprovas. A informação foi confirmada pelo agente de combate a endemias de Nova Esperança do Sul, Eduardo Munareto Friggi.
A suspeita surgiu na mesma época em que o município vivia um surto de dengue, arbovirose transmitida pelo mesmo mosquito, o aedes aegypti. Foram 11 casos confirmados, na primeira vez na história em que foram confirmados casos da doença no município. Proporcionalmente em relação à população, o número de casos em Nova Esperança do Sul é maior do que o surto histórico de Santa Maria em 2020. Nova Esperança registra um caso a cada 491 habitantes. Em Santa Maria, foi um caso a cada 1.217 moradores.
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Com a negativa das contraprovas, a região segue sem casos de chikungunya neste ano. Entretanto, no último boletim de arboviroses divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS), no final de julho, ainda consta a confirmação dos dois casos de Nova Esperança do Sul. A SES informo que "realizar o encerramento dos casos é de responsabilidade do município. O Estado somente coloca no Informativo os dados que os municípios digitam no Sistema De Informação de Agravos e Notificação (SINAN)".
CHIKUNGUNYA NA REGIÃO
Em 2018, o município de Santiago registrou um surto de chikungunya, com 19 casos registrados. À época, São Sepé e São Pedro do Sul tiveram casos suspeitos, que tambémm não se confirmaram. Em 2016, Santa Maria teve um caso importado da doença, contraída por um militar santa-mariense em viagem a Pernambuco.
Neste ano, em todo o Rio Grande do Sul, já foram notificados 619 casos suspeitos da doença. 215 foram confirmados, sendo 189 casos autóctones - 89% deles concentrados em São Nicolau, município da microrregião de Santo Ângelo, no noroeste do Estado.