Considerada uma doença crônica e silenciosa, a hipertensão arterial tem acometido cada vez mais brasileiros com o passar do tempo. Em 2021, a taxa de mortalidade em decorrência da doença atingiu o maior índice registrado nos últimos 10 anos. Foram 18,7 óbitos por 100 mil habitantes. O levantamento publicado pelo Ministério da Saúde na última semana conta com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), entre 2011 e 2021.
Estudo
Conforme o estudo, a taxa não ultrapassou 13 óbitos por 100 mil habitantes entre 2011 e 2018, ficando sempre entre 11,4 e 12,4. Em 2019, a taxa subiu levemente para 12,6 óbitos. Entretanto, um aumento considerável de óbitos por conta da doença só efetivamente observado em 2020, quando a proporção é de 17,8 mortes por 100 mil habitantes.
Um aumento expressivo na taxa de mortalidade de pessoas com 60 anos ou mais por conta da doença também foi apontado no levantamento. Em 2019, as faixas etárias de 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais, apresentavam, respectivamente, 28,1, 69,6 e 283,2 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2021, esses números saltaram para 41,4, 97 e 381,7. Nas três faixas etárias, os resultados de 2021 foram os maiores dos últimos dez anos.
Doença e tratamento
A hipertensão arterial não tem cura, mas pode ser controlada. Embora pesquisas considerem uma relação com fatores genéticos, o consumo de alimentos ricos em sal e a falta de exercícios físicos são apontados como fatores de risco para o desenvolvimento e evolução da hipertensão, assim como o tabagismo e o consumo de álcool.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e pelo programa Farmácia Popular. A receita pode ser emitida tanto por um profissional no SUS quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas privadas. Tratamento não farmacológico pode ser feito nas unidades de saúde.
Para evitar o aparecimento da doença, é importante:
- Manter o peso adequado
- Não abusar do sal, utilizando outros temperos naturais que ressaltam o sabor dos alimentos
- Praticar atividade física regular
- Aproveitar momentos de lazer
- Não fumar
- Moderar o consumo de álcool
- Evitar alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, açúcar e conservantes químicos
- Controlar a glicemia
*com informações do Ministério da Saúde
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