[NÃO PUBLICAR] Única instituição de pesquisa da América Latina a ter protocolo de sequenciamento validado, Cevs tem pesquisa sobre MPox publicada em revista internacional

Os avanços gaúchos em pesquisas científicas estão sendo reconhecidos. Recentemente, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou a participação de cinco pesquisadores do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) em uma pesquisa sobre o MPox publicada em um revista internacional. 

O material aborda o sequenciamento genômico do vírus da Monkeypox realizado em 2022 pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) foi publicado pela revista científica PlosOne Biology, com acesso por toda comunidade científica mundial. 

Cinco pesquisadores do Cevs —  Richard Steiner Salvato, Maria Leticia Rodrigues Ikeda, Regina Bones Barcellos, Fernanda Marques Godinho, Patrícia Sesterheim e Tatiana Schäffer Gregianini — co-assinam o estudo junto com pesquisadores da Unisinos, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Feevale, entre outras instituições, publicado em dezembro de 2022. O trabalho analisa  a contaminação de dois profissionais de saúde por Mpox através de superfícies. 


O sequenciamento genômico do vírus da Monkeypox realizado em 2022 pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria da Saúde foi publicado pela revista científica PlosOne Biology, com acesso por toda comunidade científica mundial. 

O Cevs foi a única instituição de pesquisa da América Latina a ter validado o protocolo de sequenciamento baseado em amplicon, quando o vírus é isolado através de uma PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). As demais instituições validadas ficam nos Estados Unidos, Reino Unido e Portugal. 

Desenvolvida na universidade americana de Yale e amplamente usada na detecção do vírus causador da covid-19, a tecnologia é mais eficiente na detecção do vírus , pois amplifica uma região específica de DNA, exigindo menos amostras para um diagnóstico do que métodos baseados em metagenômica, que fazem sequenciamentos mais amplos e são mais dispendiosos.   

O método levou ao rápido monitoramento do vírus causador da Mpox no Estado, tornando o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) e pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-RS), que integram a estrutura do Cevs, importantes referências no país para o diagnóstico da doença, analisando amostras de casos suspeitos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, além do próprio Rio Grande do Sul.


Atendendo a um paciente, ambos contraíram o vírus ao não usar luvas e tocar objetos contaminados, mesmo higienizando depois as mãos com álcool 70%. Com o sequenciamento genômico, foi possível confirmar como ocorreu a contaminação, levando à adoção de medidas para evitar casos semelhantes.

“Com a pandemia, a gestão estadual viu a importância da vigilância genômica na saúde pública. E o Cevs, através do Lacen e da CDCT, com uma equipe altamente qualificada, está se tornando um centro de excelência no sequenciamento”, ressaltou a secretária da Saúde, Arita Bergmann. “Por isso, muito nos satisfaz o reconhecimento com a publicação deste artigo”. 

Cenário

Causada por um vírus, a mpox foi diagnosticada e identificada na década de 1960. A doença, que teve a nomenclatura oficializada em novembro de 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é transmitida por meio do contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou com objetos e superfícies recentemente contaminadas. O período de incubação, que compreende o tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas, é geralmente de seis a 21 dias. Entre os sintomas apresentados, estão febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas, inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha) e lesões na pele, sendo recomendada a busca por atendimento médico.

Até maio deste ano, o Rio Grande do Sul tinha 330 casos confirmados de mpox, em 44 municípios, e 20 seguiam em investigação. Já Santa Maria contabilizava dois casos confirmados da doença: o primeiro foi divulgado em 26 de agosto de 2022 e o segundo, acabou sendo incluído no informe do dia 12 de dezembro do mesmo ano. Tanto Estado quando município, não registram mortes em decorrência da Mpox.

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