Foto: Antônio Augusto/Divulgação
A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta sexta-feira (18), mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), se estende à sua residência e a endereços vinculados ao Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro está filiado.
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De acordo com o portal G1, fontes próximas à investigação confirmam que o ex-presidente é alvo de medidas restritivas, que, segundo relatos, incluem entrega de passaporte, uso de tornozeleira eletrônica e impedimento do uso de redes sociais. O ex-presidente precisará, assim, permanecer em sua residência das 19h às 7h, além de não poder se comunicar com outros réus do processo e embaixadores ou diplomatas estrangeiros. As medidas cautelares foram justificadas pelos investigadores ao identificar risco de saída do país. A defesa ainda não se manifestou oficialmente sobre o teor das restrições.
Mais de 14 mil dólares, equivalente a R$ 77 mil na cotação atual, foram encontrados na residência de Bolsonaro em Brasília até o momento. Um pendrive, que estava escondido em um banheiro, também foi apreendido. Ele foi levado para o laboratório da PF e será periciado pela polícia científica.
A operação acontece no contexto da Operação Lesa Pátria e desdobramentos da Tempus Veritatis, conduzidas pela PF, que investigam tentativas de golpe de Estado e ações planejadas para manter Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral em 2022.
Na segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente e de mais sete réus do núcleo 1 do julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. As penas máximas para os crimes passam de 30 anos de prisão.
*Matéria em atualização