Foto: Jean Pimentel (Arquivo Diário)
Desde a última terça, um assunto tem dividido a opinião dos santa-marienses. Isso porque a Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou uma alteração no Código de Postura do município, proibindo manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que possuem estampido em Santa Maria. O projeto, aprovado por 18 votos a 1, é de autoria do vereador Jorge Trindade (Rede), Jorjão, e foi apoiado por entidades de proteção animal.
Para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). Como ele foi enviado na última quarta à prefeitura, o Executivo tem até o dia 20 de novembro para sancioná-lo. Assim que chegou, o projeto foi encaminhado para a Secretaria de Gestão e Modernização Administrativa, para ser redigida a versão final, antes da aprovação do prefeito. Procurada, a prefeitura afirma que o projeto está em análise pela secretaria.
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O presidente do Legislativo, Alexandre Vargas (PRB), adianta que, se a prefeitura não sancionar a proibição, ele mesmo fará com que o projeto vire lei. Essa prática está prevista pela Lei Orgânica do município, em que autoriza o chefe da Câmara de Vereadores a sancionar leis, caso o Executivo se omita pelo período de 15 dias.
Desde que a proibição da utilização dos fogos de artifício foi aprovada pela Câmara de Vereadores, o assunto divide opiniões. Somente na veiculação da reportagem no Facebook do Diário, foram mais de 4 mil interações na publicação. Diante da polêmica, a reportagem conversou com 20 pessoas no centro da cidade, para saber o que elas pensam em relação à proibição. Das pessoas ouvidas, 15 são a favor, quatro são contra e uma não tem opinião formada.
O principal argumento para quem é a favor da proibição é que os fogos de artifício com estampido perturbam animais de estimação e também pessoas idosas e com deficiência. Já quem é contra argumenta que os fogos já são uma tradição consolidada e que será difícil uma fiscalização efetiva. Confira, ao lado, as opiniões dos santa-marienses.
Adão Roque Camargo, 62 anos, funcionário público aposentado |
André Bellanga, 47 anos, veterinário |
Caroline Teixeira, 21 anos, estudante |
"Os animais sentem muito o barulho dos fogos. Além deles, tem as pessoas que são prejudicadas também. Esse projeto deve ser sancionado pela prefeitura." Ceo Pfeifer, 82 anos, professora |
Eduarda Machado, 18 anos, estudante |
Eloi Herber, 68 anos, aposentado |
Clara Tornquist, 21 anos, estudante |
"Sou a favor da nova lei porque prejudica as pessoas e os animais. Todos sofrem com os fogos de artifício." Glades Batista, 71 anos, aposentada |
"Sou a favor da proibição por conta dos animais. Antigamente, até era legal, mas hoje, perdeu completamente a graça. Não acho legal." Jenifer Carvalho, 22 anos, técnica em administração |
Fátima Camargo, 48 anos, profissional de higienização |
Jacson Godoi, 35 anos, ex-militar |
Hudson Leandro de Christo, 63 anos, comerciante |
João Pinheiro, 77 anos, aposentado |
Matheus Oliveira, 27 anos, autônomo |
"Dentro da cidade, não existem locais adequados para isso. Deveria existir um local próprio para essa questão. Mas, de qualquer forma, dentro da cidade, não tem cabimento soltar fogos de artifício." Nilson de Souza, 74 anos, suboficial da reserva da Marinha |
"Concordo plenamente. Muitas pessoas acabam ficando amedrontadas por causa dos fogos. O que eu me questiono é em relação a fiscalização, como vão fazer. Precisam fiscalizar." Maria Risoleti, 48 anos, pedagoga |
Ozeias Carvalho, 64 anos, aposentado |
Theofanes Ferreti, 64 anos, aposentada |
João Vitor Machado, 18 anos, estudante |
"A vida inteira houve fogos de artifício, e nunca foi um problema. Todo mundo sempre teve cachorros e não precisava proibir. Acho que tem coisas mais importantes para se preocupar na cidade." William Carvalho, 33 anos, militar |
"Soltar fogos é uma falta de respeito com todos, principalmente com a vizinhança. Quem mora perto de quem tem esse costume sofre bastante."














"Como vão ficar as casas que vendem os fogos? Nessa crise braba, as pessoas precisam de emprego e não perdê-los. Além disso, não vão conseguir fiscalizar a soltura de fogos."


