investigação

TJ nega liberdade a motorista que atropelou e matou mototaxista

Camila Gonçalves

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Audiência de custódia de William Ávila foi na tarde desta segunda-feira, no Fórum de Santa Maria

O jovem que atropelou o mototaxista José Luiz Soliman, 57 anos, continua preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm). Na tarde desta segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS) negou o pedido de habeas corpus requerido pelo advogado dele, Daniel Tonetto. Também na tarde desta segunda-feira, foi realizada a audiência de custódia de William Ávila, 18 anos. Esse tipo de audiência serve para verificar a legalidade da prisão. O juiz substituto da 1ª Vara Criminal, Rafael Pagnon Cunha, concluiu que a medida preventiva foi cumprida conforme a lei, sem abuso contra o suspeito.

Um grupo de cinco familiares do mototaxista acompanhou a audiência e, quando William foi levado novamente à Pesm, gritaram palavras de protesto contra o jovem em frente ao Fórum.

- A gente sabe que é uma situação complicada, porque a Justiça é lenta, mas estamos satisfeitos com o andamento do caso até agora. Ele está pagando pelo que fez. A gente fez um desabafo. Temos esse sentimento de revolta, porque foi uma imprudência absurda - contou um dos filhos de Soliman, Matheus Pavanelo Soliman.

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Tonetto já fez o pedido de reconsideração da liminar que requeria o habeas corpus. Se o TJ mantiver a decisão de William seguir preso, o advogado vai recorrer ao Superior Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a tese usada para requerer a liminar foi de cunho processual, sem entrar no mérito da questão.

O advogado da família de Soliman, Christiano Pretto, que vai atuar na assistência de acusação no processo, informou que, na audiência, Pagnon encaminhou os autos do processo ao titular da 1ª Vara Criminal, o juiz Ulysses Louzada, que retornou de férias nesta segunda-feira. A expectativa é que a denúncia ao Ministério Público seja feita nos próximos dias.

- Ficamos satisfeitos com o desenrolar dos fatos. Estamos no aguardo da formalização da denúncia e da primeira audiência de instrução. A partir daí, o juiz vai decidir se pronuncia (manda a júri popular) ou não o acusado. Vamos trabalhar para que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri - manifestou Pretto.

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William foi preso em flagrante no dia 27 de fevereiro. No mesmo dia, ele se apresentou à Polícia Civil para interrogatório, mas permaneceu em silêncio. De acordo com Tonetto, William deve dar a sua versão em juízo.

O caso está sendo investigado pelo titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), delegado Gabriel Zanella. A previsão é que o inquérito seja concluído até esta quinta-feira. 


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