Polícia Civil vai investigar incêndio na SUCV em Santa Maria

Foto: Dandara Flores Aranguiz (Diário)

Na próxima semana, a Polícia Civil de Santa Maria deve abrir inquérito para investigar o princípio de incêndio ocorrido no edifício da antiga Sociedade União dos Caixeiros Viajantes (SUCV). O delegado Carlos Alberto Dias Gonçalves, da 1ª Delegacia de Polícia, pediu ao Corpo de Bombeiros que enviasse a ocorrência, registrada na última terça, para iniciar a investigação.

- Fiz um ofício ontem (quinta-feira) para me enviarem o relatório da ocorrência para saber se se vislumbra algum fato criminoso. A partir dessa resposta, a gente vai dar andamento à investigação - afirma.

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De acordo com o comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, Tenente Coronel Nilton Camargo, assim que a equipe recebe a solicitação, o pedido é enviado no mesmo dia. O princípio de incêndio, na tarde da última terça, levou 18 servidores da prefeitura a serem atendidos em unidades de pronto-atendimento por intoxicação por fumaça.

Um dia depois do fato, três integrantes do Corpo de Bombeiros realizaram uma vistoria extraordinária em todos os andares do edifício. A ação, que foi acompanhada pela reportagem do Diário, identificou irregularidades no imóvel da prefeitura de Santa Maria. Pelo menos dois extintores (do 1º e do 2º andar) estavam com prazo de validade vencido e as portas corta-fogo não estavam fechando adequadamente. Uma cortina apoiava uma porta, para deixá-la aberta. Eles analisaram se havia presença dos itens mínimos de segurança contra incêndio.

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No mesmo dia, o telhado do fosso de luz, onde teria começado o fogo, estava passando por reforma. A telha, que era de folha de fibra de vidro, seria substituída por outras de fibrocimento. Foram retiradas bitucas de cigarro, garrafas entre outros tipos de lixo que se acumulavam sobre o telhado.

MUDANÇA
O fogo começou em uma parte de telhado do fosso de luz, no térreo, e se espalhou rapidamente. A fumaça foi percebida por uma pessoa que passava pelo local e avisou os bombeiros.

O prédio tem quatro andares. No térreo, funciona uma imobiliária e lojas. No segundo andar, fica a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, e, no terceiro, a Secretaria de Educação. Conforme o chefe da Casa Civil da prefeitura, Guilherme Cortez, a Educação deixará o local no dia 20. Não há definição sobre a saída da pasta da Cultura do edifício.

As mudanças já estavam previstas em função de um laudo de engenheiros da prefeitura que apontou infiltrações, cupins e outros danos do tempo no edifício, inaugurado em 1926.