Percentual de elucidação dos casos de homicídio em Santa Maria é superior a 80%

Foto: Renan Mattos (Diário)
A dor da família de uma das vítimas de homicídio de 2018

A Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), responsável por investigar os 53 casos considerados homicídios, conseguiu esclarecer 81% deles. A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) também investigou um caso de feminicídio, crime motivado por desprezo ou ódio ao gênero feminino. Só 10 crimes ainda precisam de elucidação.

Já a Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), que apura os casos de latrocínio, elucidou 100% dos casos. O autor do duplo latrocínio que vitimou Gilberto Mendes, 61 anos, e Gabriel Gonçalves Mendes, 16 anos, pai e filho, na Rua Floriano Peixoto, em março de 2018, acabou morrendo de overdose no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) no dia seguinte ao fato. E a morte da servidora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Nicoli Vieira Rodrigues, 30 anos, morta ao reagir a um assalto, em 3 de novembro, na esquina das ruas Visconde de Pelotas com Andradas, resultou em três presos.

Após sete anos, Santa Maria registra queda no número de homicídios

Para o delegado Zanella, a resolução dos casos é uma das causas para a queda dos homicídios. A maioria dos suspeitos foi presa preventivamente. Como as investigações são encaminhadas ao Judiciário com fortes indícios de autoria, grande parte dos suspeitos deve aguardar o julgamento encarcerada, acredita o delegado.

Manter os autores na prisão e esclarecer o fato evita que membros da família da vítima façam "justiça com as próprias mãos". Os familiares, inclusive, têm se tornado aliados da polícia. As testemunhas e o atendimento imediato aos casos foram as chaves para o esclarecimento dos casos em 2018.

- Essa questão de ir ao local, verificar indícios, ouvir as principais testemunhas num primeiro momento dá uma sensação de credibilidade institucional para a família. Se a gente não valorizar essas pessoas, e tentar só pelos outros meios de investigação, como inteligência, tecnologia, etc., não conseguimos - conclui o delegado.