OUÇA: jovem é condenado a 21 anos de prisão por assassinato de policial santa-mariense

Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Policial civil Valdeci Machado foi morto em serviço

Após 12 horas de julgamento, o Tribunal de Juri da cidade de Alvorada condenou, nesta quinta-feira, Hamilton William Nery Ferreira, 25 anos, a 21 anos de prisão pelo assassinato do policial civil santa-mariense Valdeci Machado, na época do crime, em 2015, com 58 anos.

Conforme denúncia do Ministério Público à Justiça, em 16 de julho daquele ano, Ferreira foi preso em flagrante por agressão à companheira e encaminhado à da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Alvorada.

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Ele conseguiu destravar a algema, fugiu pelos fundos da delegacia e ia para a casa da mãe quando foi abordado pelo inspetor de polícia santa-mariense. Machado amarrou Ferreira pelos punhos e tornozelos.

Enquanto fazia um telefonema, Ferreira desvencilhou-se das cordas e os dois começaram a brigar. A arma caiu da cintura do policial, Ferreira pegou a arma e disparou contra ele, que morreu.

Preso há três anos e quatro meses no Presídio Central de Porto Alegre, Ferreira alegou em juízo que o disparo contra o policial foi acidental.

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O júri na 1ª Vara Criminal de Alvorada entendeu que Ferreira era culpado. A pena foi estipulada em 21 anos, que a defesa entendeu como desproporcional, conforme o relato do advogado Mateus Marques, responsável pela sua defesa junto dos colegas Raccius Potter e Juliana Leopardo.

- A defesa, em parte, está satisfeita com a decisão (já que Ferreira foi absolvido de outros dois crimes) porque não concorda com a quantidade de tempo (de prisão) que foi dada na sentença - diz Marques.

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A defesa já sinalizou à Justiça que entrará com recurso. Ainda, o tempo de prisão já cumprido por Ferreira deve ser reduzido da pena.

Sobre os outros dois crimes pelos quais era acusado, Ferreira pediu à Justiça a sua absolvição. Eram de tentativa de homicídio e tentativa de aborto contra a companheira, crimes pelos quais tinha sido preso e levado à delegacia, da qual fugiu e acabou encontrando Machado. O júri absolveu Ferreira.