Nos últimos 8 meses, três pessoas morreram atropeladas em trecho duplicado da BR-287 em Santa Maria

Nos últimos 8 meses, três pessoas morreram atropeladas em trecho duplicado da BR-287 em Santa Maria

Obra incompleta de uma passarela na BR-287, no Bairro Juscelino Kubitschek.

Nos últimos oito meses, três pessoas morreram atropeladas no trecho urbano da BR-287, em Santa Maria. Os acidentes aconteceram em locais já duplicados da Travessia Urbana, mas que apresentam pouca sinalização indicando as faixas de segurança.


O acidente mais recente ocorreu na última quarta-feira (31). Uma Idosa de 72 anos foi atropelada ao tentar cruzar em uma faixa de segurança na região do Bairro Juscelino Kubitschek. O impacto do veículo que a atingiu foi tão grande que a vítima foi lançada por cima da mureta que separa as pistas duplicadas.


No início do ano, em 29 de janeiro, outra idosa de 72 anos, identificada como Neli Lemos da Rosa, passou pela mesma fatalidade próximo à passarela da fábrica de refrigerantes da Coca-Cola, no Bairro Pinheiro Machado. Nesse mesmo trecho, outro atropelamento, em dezembro de 2023, causou a morte de Nilson Teixeira da Silva, de 63 anos.  


Pela extensão da via há pontos de passagem entre as barreiras, alguns com faixa de segurança e outros com passarela. Os pedestres que circulam pela via reclamam da velocidade dos condutores, o tempo de espera para atravessar e a negligência dos motoristas quanto à faixa. A falta de sinalização e a presença de muretas separando as pistas dificultam a visibilidade dos condutores, que muitas vezes não enxergam que há pedestres tentando cruzar a rodovia. 


No trecho duplicado da BR-287, entre o Trevo da Uglione e o Bairro Tancredo Neves, há apenas duas passarelas elevadas. Uma terceira está em obras, no Bairro São João, mas ainda não foi concluída. 


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Ponto próximo ao acidente em que morreu a idosa de 72 anos, na quarta-feira (31).

O empresário Nilton Machado, 80 anos, é dono de um empreendimento bem em frente ao local onde a pedestre de 72 anos morreu atropelada na última quarta-feria. Ele não estranha a ocorrência, já que os riscos se apresentam diariamente. A terceira passarela que poderia ter poupado vidas no local está em obras há anos e não tem prazo para ser concluída. 


– O pessoal não para, não respeita a faixa. O limite diz que é de 50 km/h, mas andam a 100 km/h ou até mais. É isso aí que está aí. Já deu outros acidentes na área – reclama Machado. .  


Nem a faixa de segurança resulta em uma menor velocidade dos veículos no trecho. É o que revela a aposentada Maria Menna Barreto, 66 anos. Ela precisa se deslocar entre os dois lados da BR-287, que separa os bairros Juscelino Kubitschek e Pinheiro Machado. A faixa de segurança não oferece a segurança para os pedestres fazerem o percurso. 

Pedestre em uma faixa de segurança apagada.

E o problema não acaba aí, alerta Maria. A poucos metros do local, há um redutor de velocidade e outra faixa de segurança. A comunidade reclama da má sinalização e questiona se a faixa oferece segurança a quem cruza a rodovia a pé. 


O uso da passarela

Em frente à fábrica de refrigerantes da Coca-Cola, perto do trevo que dá acesso aos bairros Santa Marta e Tancredo Neves, duas pessoas perderam a vida só nos últimos oito meses. No trecho, há uma passarela em funcionamento, mas muitos pedestres optam para atravessar fora da estrutura.   


Passarela em frente fabrica de refrigerantes Coca-Cola.

 

O que diz o Dnit

Nesta segunda-feira, a reportagem procurou o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), responsável pelas obras da Travessia Urbana e da segurança das rodovias, para saber que medidas serão adotas para evitar os atropelamentos no trecho da BR-287. Também questionou sobre conclusão da terceira passarela. Até a publicação desta reportagem, o Dnit não havia se manifestado. 


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