
Foto: Polícia Federal (Divulgação)
Motivada pela vontade de reforçar o caráter educativo da segurança, a Polícia Federal (PF) resolveu fazer uma atividade recreativa com uma escola de Santa Maria. A instituição escolhida foi a Escola Estadual Santa Marta, no Bairro Juscelino Kubitschek, Região Oeste da cidade.
O coordenador estadual do Grupo de Prevenção da Polícia Federal, José Getúlio Pompéu, foi até a instituição na tarde da última quinta-feira, dirigindo uma viatura oficial da PF, um ônibus, para levar os alunos de uma turma, acompanhados de professores, para passear.
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- Nós entramos em contato com a instituição para viabilizar esse passeio. São eles que decidem para onde querem ir. A ideia é que seja recreativo. Para que os pequenos se sintam abraçados - conta.
O destino escolhido pelos adolescentes foi o Clube Recreativo Dores. Assim, por volta das 13h30min, Pompéu estacionou em frente à escola. Embarcaram três professores junto de 27 alunos do Ensino Fundamental, com idades de até 14 anos.
Como a situação era de bagunça, Pompéu foi o responsável por tomar o controle. Disse que era importante que todos se comportassem, afinal, a atividade só aconteceria se todos respeitassem seus professores.
- A ideia não é reprimir, mas dar o exemplo. Caso se comportassem, ganhariam o passeio. Caso contrário, voltariam para a escola. O que você acha que eles escolheram? - perguntou, divertido, Pompéu.
No clube, os alunos, junto dos professores, participaram de diversas atividades, de jogar bola até rodas de conversa. O dia de relaxamento foi até por volta das 17h30min, quando todos voltaram para o Bairro Juscelino Kubitschek.
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A direção da instituição apontou para a polícia que a atividade é muito positiva. Os alunos concordaram. No entendimento da PF, é importante esse trabalho de inclusão do jovem que vive na periferia: para que esteja à vontade, se sentindo prestigiado, importante, pois está e é. Acredita-se que isso repercute em outras áreas de socialização, como a da família.
- O jovem que se ocupa com atividades que acrescentam tem menos probabilidade de achar interessante o mundo do crime. E sabemos que a periferia, onde falta tudo, é a região das cidades onde estão mais propensos a isso - conta Pompéu.
Para além de ações policiais, de combate ao crime, a PF tem investido cada vez mais na prevenção, com o viés educativo da segurança.
Atividades parecidas devem ocorrer novamente até o final do ano. Podem variar de palestras, eventos ou passeis, como ocorreu na quinta-feira. A intenção é que sejam voltadas para a valorização do professor. Isso é possível por conta de um convênio que integra, além da escola e a delegacia em Santa Maria, a Academia Nacional de Polícia.