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Mulher trans é morta a tiros em Dilermando de Aguiar

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal

Matéria atualizada em 2 de janeiro de 2020, às 19h15min

No primeiro dia de 2020, a Região Central já registrou o primeiro homicídio do ano. Uma mulher trans foi morta a tiros na noite desta quarta-feira em Dilermando de Aguiar. Conforme a Polícia Civil, a vítima foi identificada como Selena Peixoto, de 37 anos.

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De acordo com a delegada Alessandra Padula, responsável pelas investigações, a Brigada Militar (BM) de Santa Maria foi chamada à Unidade de Saúde Ruben Noal, no Bairro Tancredo Neves, onde a vítima havia entrado no começo da noite. O companheiro da vítima afirmou que ela tinha sofrido derrame. Entretanto, foram constatados ferimentos na perna e no pé da vítima. Após isso, o homem mudou a versão e afirmou que os dois estavam em casa, e um carro parou em frente a residência, uma propriedade rural que fica na localidade de Sarandi. Selena foi chamada pelo nome e saiu de casa. O homem ouviu os disparos e a encontrou ferida. Ele e policiais militares daquele município levaram a vítima até o Pronto-Atendimento.

Embora a ocorrência mencionasse que os ferimentos de bala foram na perna e no pé da vítima, a perícia apontou que Selena levou três tiros, dois de raspão no pé e na perna, e um nas costas. Os ferimentos na perna devem ter sido em decorrência da queda da vítima conforme a delegada.

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A Polícia Civil trabalha para apurar se a versão dada em depoimento procede e quais as possíveis motivações que levaram ao crime. Selena era mãe de santo e transexual, mas ainda não há como concluir se o caso se trata de um crime de ódio, segundo Alessandra Padula.

- Eu acho muito prematuro para dizermos que é um crime de ódio. Não sabemos realmente se foi alguém de fora, se é um crime ocorrido dentro de casa, se é em virtude da condição de transexual. Precisamos apurar para poder dizer - explica a delegada.

QUARTA MORTE DE TRANS NA REGIÃO
Este foi o primeiro homicídio da Região Central em 2020. Contudo, foi o quarto assassinato de transexuais na região em menos de quatro meses. Em setembro, duas transsexuais foram assassinadas em Santa Maria. No mesmo local de um dos crimes, em dezembro, Verônica Oliveira também foi morta. Os autores desses crimes estão presos.

*Colaborou Leonardo Catto

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