opinião Deni Zolin

Morte serve de alerta para reforçar sinalização na obra de duplicação

Deni Zolin

Foto: Gabriela Perufo (Diário)

Só uma investigação da polícia poderá apontar as causas do acidente do motorista que morreu ao bater o carro no viaduto em obras da duplicação das BRs da Travessia Urbana de Santa Maria, no acesso à Cohab Tancredo Neves. Porém, os primeiros indícios apontam que o acidente não teria sido por motivado exclusivamente pela falta de sinalização, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Ainda de acordo com a PRF, ele teria batido numa placa de pare e em cavaletes na pista antes de colidir com a guarda de concreto do viaduto e voado, logo no começo do viaduto. Seria bem diferente se ele não tivesse visto a sinalização (por ser insuficiente) e subido no viaduto até o final, achando que ele estivesse pronto, e caído lá de cima - não foi o que ocorreu, como pode ter parecido no início, quando a notícia veio a público ontem.

Mesmo assim, é de lamentar outra morte no trânsito, que serve também de alerta para a importância de reforçar a sinalização nas rodovias em geral, e principalmente nesses trechos em obras. Conforme eu já havia cobrado do Dnit outras vezes (como em agosto de 2018, como mostra a imagem acima), as obras de duplicação têm muitos desvios e mudanças no trânsito, mas alguns locais são muito escuros e têm sinalização fraca. Para quem é de Santa Maria e já está acostumado a passar pelos locais, o risco existe, mas é menor. Mas para os motoristas que passam pela cidade pela primeira vez, é fácil se perder e cometer um erro, principalmente à noite e em dias de chuva forte ou neblina.

No vídeo abaixo, veja o local do acidente:

Não sou técnico em segurança viária para dizer o que precisa ser feito, mas fica notório que é preciso reforçar a sinalização na pista, que deve ser mais ostensiva para orientar os motoristas e pedestres. O ideal seria colocar sinalização com luzes piscantes em vários desses pontos, placas reflexivas, barreiras e até instalar iluminação provisória, para deixar bem claro aos motoristas sobre desvios. Um exemplo é depois da Ulbra, onde a ponte velha do Arroio Taquara foi destruída para que seja construída uma nova. Para quem vai no sentido São Pedro-Santa Maria, há placas antes informando do desvio, mas pouco antes do arroio, não havia muitas barreiras para impedir que algum motorista desavisado seguisse reto. À noite, com chuva forte ou neblina, há risco de alguém não ver a sinalização, seguir reto e cair no arroio. 

Em vias laterais do trevo da Uglione, a PRF diz que há motoristas andando na contramão, mas os policiais não podem orientar nem multar por não haver placas de sinalização. Com uma obra de mais de R$ 300 milhões, falta de dinheiro não pode ser desculpa para não melhorar a sinalização. Claro que há dificuldades, pois várias vezes cabos de energia de postes de iluminação e placas com luz piscantes já foram furtados nas obras.

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