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Identificado casal encontrado morto em rio na divisa entre São Gabriel e Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Márcio Vaqueiro (A Notícia)

Matéria atualizada em 30 de dezembro de 2019, às 15h18min

Foram identificados neste sábado os dois corpos encontrados na quinta e sexta-feira em um rio na localidade de Banhados, no interior de São Gabriel, na divisa com Santa Maria. De acordo com o delegado José Bastos, responsável pelas investigações, as vítimas foram identificadas como Vicente da Cunha Soares, 38 anos, e Graziela Correa Vicente, 31 anos.

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Ainda segundo o delegado, os dois residiam no Assentamento MadreTerra, localizado na grande Catuçaba, a cerca de 70 quilômetros da sede do município. A Polícia Civil segue investigando o crime, e ainda não há suspeitos para o caso, que é tratado como duplo homicídio. 

O corpo da mulher foi encontrado na tarde de quinta-feira, por volta de 16 horas, por um trabalhador rural. O corpo estava no interior do rio, dentro de uma propriedade particular, amarrado a um saco de areia. 

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Nesta sexta, enquanto procurava pistas no local, a polícia localizou outro corpo no mesmo rio. Ele também tinha uma corda amarrada na cintura e estava preso a um saco de areia. As duas vítimas tinham perfurações na cabeça, provavelmente causadas por tiros. Os corpos estavam em avançado estado de decomposição. 

Em nota, o Assentamento MadreTerra se manifestou sobre o ocorrido:

A família em questão era sim assentada no MadreTerra, mas residia no outro lado da várzea, ficando um tanto distante do restante do assentamento e convivendo mais com a comunidade vizinha, chamada Rincão dos Ambrosios. As famílias do assentamento, em geral, ficaram sabendo do ocorrido apenas ontem pelas notícias. Os assentados estão horrorizados com o crime e assustados. Uma execução de maneira tão violenta a um casal com filhos. Para os assentados, a suspeita é que o crime tenha sido cometido por gente de fora, jagunços, pistoleiros ou latifundiários. Não temos nenhuma ideia de quais foram as motivações do crime, e as famílias temem a possibilidade de serem motivados pelo discurso de ódio dos governos e da extrema direita aos assentados.

O assentamento MadreTerra, tem sido conhecido historicamente pelo abandono e descaso do poder público, não tem projeto de estradas, rede de água, programa de moradia, a escola está a um ano sem luz e água. Esperamos que neste crime o estado cumpra seu papel, descubra os assassinos e faça justiça.

*Colaborou Janaína Wille

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