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Paula Estefani Schultz Lopes Lacerda, 23 anos, foi morta a facadas em 2018.
*Matéria atualizada as 00h54min do dia 24 de outubro de 2019
Rogério Biscaglia Righi, 34 anos, acusado de ter matado a ex-companheira a facadas em 2018, em São Gabriel, foi condenado a 19 anos de prisão em júri realizado nesta quarta-feira. Segundo investigação da Polícia Civil, o militar da reserva teria perseguido Paula Estefani Schultz Lopes Lacerda, 23 anos na época do crime, por duas quadras. Depois disso, ele teria avançado com o carro para cima dela na calçada, descido e a atacado com golpes de faca. O réu foi condenado nas quatro qualificadoras em que era acusado: feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
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Righi respondia pelo crime de feminicídio e estava preso preventivamente no 9° Regimento de Cavalaria Blindado, em São Gabriel. Agora, após a condenação, ele deve ser encaminhado para o presídio comum, pois o crime em questão não tem relação com a Justiça Militar. A defesa do réu, formada pelos advogados Gustavo Teixeira Segala e Tiago Machado Battaglin, deverá arrolou quatro testemunhas que não tiveram o nome divulgado antes do júri para que não sofressem represálias.
- O que a gente espera é um ambiente tranquilo para que possamos fazer um bom trabalho de defesa. Estamos pleiteando um julgamento justo e imparcial - explica Battaglin.
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Segundo o advogado do réu, foi aberto também um processo de guarda. Conforme o pedido, a guarda do filho da vítima e do réu ficou com a avó materna. Righi deverá pagar uma pensão mensal que será descontada diretamente do seu contra-cheque.
De acordo com a promotora Lisiane Villagrande Veríssimo da Fonseca, responsável pelo caso, a vítima ainda não tinha registrado boletim de ocorrência contra o ex-companheiro, mas havia comentado com uma amiga que desejava obter uma medida protetiva por conta das ameaças que vinha sofrendo.
- Os feminicídios sempre são muito chocantes, porque envolvem uma violência desmedida e injustificada. Já tive outro casos de feminicídio, acho que talvez um tão chocante quanto tenha sido um outro envolvendo também um ex-militar. Mas esse foi um dos mais chocantes, porque foi à luz do dia, à vista de todas as pessoas, então abalou muito a comunidade pelo nível de violência - explica a promotora.
Segundo Lisiane, a promotoria arrolou três testemunhas, incluindo a mãe de Paula. Ela afirma que irá analisar a aplicação da pena e terá cinco dias para recorrer da decisão.