Dois suspeitos de assassinar mulher transexual são presos em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Assassinato aconteceu nas proximidades do Ginásio Oreco

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Foram presos, na manhã desta sexta-feira, os dois suspeitos de assassinar uma mulher transexual em Santa Maria. Os dois, de 18 anos, foram presos preventivamente e são investigados por matar a facadas Nemer da Silva Rodrigues, 37 anos, conhecida como Mana (foto ao lado). O crime aconteceu no Bairro Tancredo Neves na noite do último sábado.

De acordo com o delegado Gabriel Zanella, da Delegacia de Polícia e de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) o assassinato não está relacionado com homofobia e transfobia, e a motivação do crime é fútil. Ainda  conforme a investigação, os dois discutiram com Mana, na noite de sábado, em razão de ela ter solicitado que um deles devolvesse um capacete que ela teria emprestado. Depois da discussão, mudaram de comportamento de forma repentina e convidaram a vítima para caminhar nas imediações do Ginásio Oreco e na sequência cometeram o assassinato com golpes de faca. A Polícia Civil acredita que as armas estavam escondidas sob a roupa dos suspeitos. 

O capacete que motivou a discussão foi encontrado ao lado do corpo da vítima e apreendido. 

Um deles foi preso próximo da Gare e o outro no Bairro Pinheiro Machado. A dupla foi levada para a Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

PROTESTO
No mesmo dia em que Mana foi assassinada, outra mulher transexual morreu após ser atingida, nas costas, por um disparo de arma de fogo. Carolline Dias, 37 anos, estava na esquina das avenidas Presidente Vargas e Borges de Medeiros quando foi atingida. Os dois assassinatos revoltaram a comunidade LGBTQI+ de Santa Maria. Neste sábado, uma semana depois dos assassinatos, um protesto é organizado para pedir por justiça nos dois casos. Uma caminhada sairá da Praça Saldanha Marinho às 16h. Antes, haverá concentração para produção de cartazes e conversas  com a temática LGBTQI+ e o crescente indíce de morte de mulheres.